PF investiga desvio de recursos do FGTS; prejuízo pode chegar a R$ 5 milhões

A Polícia Federal comanda investigação que apura indicios de desvios de recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) destinados à construção de moradias populares em Teresina (PI). Provas apontam que o prejuízo pode chegar a R$ 5 milhões.

O principal suspeito, que não teve seu nome divulgado, é um ex-advogado que atuava em São Paulo, Goiás e Minas Gerais. Apesar de ser alvo de um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça Federal de Anápolis (GO), o homem ainda não foi localizado.

Ao todo, a Justiça Federal também autorizou a Polícia Federal (PF) a cumprir 14 mandados de busca e apreensão de documentos e material probatório em endereços ligados aos alvos da investigação. Além disso, decretou o sequestro de imóveis e veículos pertencente ao ex-advogado. Somados, o valor dos bens bloqueados pode chegar a cerca de R$ 2 milhões.

Segundo a PF, durante as investigações foram obtidas provas de que o ex-advogado apresentou documentos falsificados para atuar como representante legal dos membros da associação comunitária de Teresina que receberia o dinheiro público destinado à construção das moradias populares.

“A responsabilidade do advogado está bem caracterizada e definida nos autos. Precisamos identificar para onde foi o dinheiro para, então, conseguirmos o ressarcimento do dano causado”, afirmou o chefe da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado, delegado Junio Alberto das Dores.

Passando-se por procurador dos membros da comissão, o ex-advogado conseguiu, na Justiça, que os R$ 5 milhões liberados pela Caixa para o empreendimento fossem bloqueados e transferidos para uma conta judicial aberta em Goiás. Posteriormente, ele conseguiu que a Justiça liberasse os valores retidos e os transferiu para sua conta bancária pessoal. A partir daí, o valor foi repartido por várias contas, de forma a parecer que estava sendo distribuído a várias pessoas.

“Não sabemos como ele soube da existência deste dinheiro público destinado ao movimento popular de Teresina que assinou o contrato com o fundo que administra o FGTS”, disse o delegado federal, acrescentando que os documentos apreendidos hoje ajudarão a PF a identificar eventuais cúmplices do ex-advogado, bem como o destino final do dinheiro desviado do FGTS.

(Com informações da Agência Brasil)

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