Teste rápido em farmácias tem resultado positivo em 10% dos testes

Em Mato Grosso do Sul, apenas 10,44% dos testes sorológicos rápidos realizados nas farmácias desde maio até o final de agosto tiveram resultados positivos para COVID-19, segundo levantamento da Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias).

De acordo com a pesquisa realizada em 16 farmácias de Campo Grande, Dourados e Três Lagoas, foram realizados 9.538 testes rápidos para detecção de anticorpos contra o vírus, desse total, 8.542 (89,56%) testaram negativo, enquanto para 996 pessoas (10,44%) o resultado foi positivo.

Para o secretário municipal de saúde José Mauro Filho, o teste rápido apesar de não ser padrão ouro tem sua eficiência e deve ser feito oito dias após os sintomas da pessoa. “Ele é realizado em diferentes fases da doença, mesmo sendo indicado após o oitavo dia de sintoma. O que deve ser analisado é se esses testes estão sendo feito de acordo com o que é recomendado ou de acordo com a vontade do paciente, isso altera o número de positivos”, comentou.

José Mauro destaca que o teste swab que pode ser realizado do terceiro ao quinto dia de sintoma e é considerado padrão ouro, o mais recomendado para detectar o vírus ainda ativo. “Este consegue diagnosticar a doença ativa, e o teste rápido serve mais para mapear o vírus”, acrescentou.

Com duas máquinas de testagem prestes a iniciar o funcionamento no Estado, o secretário observou que o número de testes RP-TCR devem aumentar e consequentemente diminuir os testes rápidos, onde eles servirão para testagem em massa para fazer mapeamento sorológico em regiões da cidade.

“Esses equipamentos vão proporcionar o Estado fazer em torno de 1.800 testes por dia, então vamos passar a fazer mais exames RP-TCR, diminuindo os testes rápidos”, relatou.

Como o exame de resultado rápido apresenta dois anticorpos o IgM que é o anticorpo da doença aguda transmissiva que acontece no oitavo ao vigésimo dia, e após esse período o IgG sendo o anticorpo da cicatriz apontando que a pessoa não está mais doente, “percebemos que a cada 100 testes se tem 80 IgG quando a doença já passou, então o teste rápido nos auxiliará em outra vertente daqui para frente”, pontuou.

(Texto: Dayane Medina)

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