Setembro Verde: 100 pessoas receberam órgãos em 2020 no MS

A Central de Transplantes de Mato Grosso do Sul celebra o Setembro Verde com a marca de 100 pacientes transplantados desde o início do ano. São pessoas que receberam uma nova oportunidade de vida, sendo 80 que receberam um transplante de córnea, 17 de rim e três de coração.

Na coloração verde que simboliza a esperança, a campanha acontece desde 2014 em todo o Brasil, com objetivo de conscientizar sobre a importância de ser um doador de órgãos e tecidos, e falar do impacto desse ato de amor que transforma e salva vidas.

Além dos transplantes realizados, atualmente existem 339 sul-mato-grossenses na fila de espera. Desse total, 177 aguardam por um transplante de córnea, 159 por um rim, e outros 3 que esperam por um coração.

Assim como as ações de conscientização que ocorrem em todo o País, a programação do Setembro Verde no Estado será toda virtual. Além de cursos para profissionais da área da saúde que falam da importância da notificação de morte encefálica, e de diversos outdoors que serão espalhados pela Capital na semana do doador de 21 a 27 de setembro, no dia 27 a TVE transmitirá uma live conduzida por um grupo de estudantes de música da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Privilegiado é a definição de Celedino Vieira Fernandes, morador de Guia Lopes da Laguna, para contar a história de seus dois renascimentos. “Dia 9 de setembro, fez 22 anos que recebi um transplante de coração. Antes desse surgiram outros dois compatíveis, o primeiro passei a vez para um rapaz de Itaporã que estava bem mal, o segundo não deu certo por uma questão logística”, conta ele que ficou 1 ano e meio nessa fila.

Após dez anos de coração novo, ele novamente entrou para a fila dos transplantes. “Deu tudo certo, passou 10 anos comecei a ter insuficiência renal. Fiquei em tratamento um tempo e fui para a hemodiálise, seis anos de espera, no dia 21 de setembro do ano passado recebi um rim”.

Em dezembro Celedino completa 61 anos de idade, e cada vez mais ele quer conscientizar outras pessoas sobre a doação de órgãos. “É uma das atitudes mais nobres. Apesar que o momento pode ser uma hora difícil de resolver qualquer coisa. Acho que um dos maiores atos de benevolência do ser humano é ser doador, você sabe que aquela decisão está salvando vidas. Falo pela minha experiência, fiquei seis anos esperando na hemodiálise, nesse tempo vi tantas pessoas sofrendo e esperando”, destaca.

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