Agronegócio sustenta a balança estadual e soja é vedete da economia

Com aumento de mais de 50% nas vendas ao exterior a soja é líder na renda aos produtores

Com alta de 58,4% no volume exportado no primeiro semestre e receita 51,47% maior em Mato Grosso do Sul, a soja mantém o posto de vedete do agronegócio e grande sustentáculo da balança comercial e até da economia estadual. Até julho, MS embarcou 3,915 milhões de toneladas do grão, que resultaram em uma receita de US$ 1,316 bilhão.

Mas não é apenas a oleaginosa que vem ganhando os holofotes do agronegócio internacional. O incremento na exportação de açúcar foi ainda maior, 207% em quantidade e 176,4% em faturamento na mesma comparação. A quantidade de alimento exportado saltou de 100,6 mil toneladas para 309,2 mil toneladas e o resultado financeiro passou de US$ 28,617 milhões para US$ 79,102 milhões.

Por tudo isso Mato Grosso do Sul desponta como um dos polos do agronegócio no Brasil. Está entre os maiores produtores do país em soja, milho, cana-de-açúcar e carne bovina, entre outros produtos. O desempenho do Estado no setor acaba sendo um reflexo do que ocorre no contexto nacional e seus bons resultados ajudam, segundo especialistas, a entender o fato de o setor ser, junto com as exportações, os únicos a registrarem crescimento do Produtor Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2020 (0,4%).

O economista Aldo Barrigosse comenta que um conjunto de fatores explica os bons números do agro em Mato Grosso do Sul. Aponta que o Estado tem um custo operacional baixo e grande produtividade para commodities como soja, milho, cana e carnes. Somado a essa aptidão natural ele destaca que os produtores sul-mato-grossenses “surfaram” em uma onda favorável em meio à pandemia da COVID-19.

Barrigosse diz que em razão da pandemia, que provocou restrição de operação em vários atividades, ou de intemperies climáticas, houve redução de oferta de vários produtos no mercado internacional, como as carnes e o açúcar. Diz que o Brasil também foi afetado, mas em escala menor, principalmente no agro – que não parou suas atividades, o que permitiu que o país aproveitasse essa janela de oportunidades para ampliar suas exportações em um mercado aquecido e com grande demanda.

Essa procura provocou uma elevação dos preços, criando um círculo virtuoso, que inclui ainda grande produção, empregabilidade e exportações em patamares elevados.

Acesse a reportagem completa e outras notícias de Economia na Edição Digital do Jornal O Estado MS

(Texto: Rosana Siqueira com assessoria)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *