Kefir, o alimento queridinho do momento

Bebida fermentada mostra potencial em diversos aspectos da saúde, entre eles, a melhora da imunidade

O kefir é um alimento vivo, uma bebida fermentada, nutricionalmente rica e com muitos probióticos. Seu nome vem do turco que significa sentir-se bem ou bem-estar. Seus grãos constituem em um conjunto de micro-organismos compostos por bactérias e leveduras, que contêm vitaminas, minerais, aminoácidos e enzimas, como cálcio, fósforo, magnésio, triptofano e vitaminas A, B2, B12, D e K.

De acordo com a professora do curso de Nutrição da Uniderp, Faena Moura, o kefir pode ser produzido através do leite de vaca, ovelha, cabra, búfala e pode ser cultivado em água contendo açúcar mascavo ou suco de frutas. “A composição microbiana e os produtos formados durante o processo de fermentação são similares aos grãos cultivados em leite. Os grãos são amarelos-claros quando cultivados em leite e são ocres e pardos quando cultivados em açúcar mascavo”, explica a especialista.

Formado por bactérias e leveduras, kefir mostra potencial em diversos aspectos da saúde, entre eles, a melhora da imunidade. “Através do processo de fermentação ocorre uma quebra parcial da proteína do leite, o que torna a bebida de mais fácil digestão quando comparada ao leite de origem. Além disso, ocorre o acúmulo de vitaminas do complexo B, diminuição do conteúdo de lactose, estímulo ao funcionamento intestinal, estímulo ao sistema imune e equilíbrio da microbiota intestinal”, revela.

Sua textura é igual à do iogurte, mas engana-se quem acha quer os dois têm a mesma função no organismo. “O kefir difere de outros leites fermentados porque é resultado metabólico de vários tipos de micro-organismos. Já o iogurte é um produto obtido do leite coalhado por fermentação mediante a ação de Lactobacillus bulgaricus e Streptococcus thermophilus”, esclarece a nutricionista.

Como cultivar o kefir?

Tradicionalmente os grãos de kefir são doados e essa doação deve ser realizada em frascos tampados que foram fervidos por 15 minutos, evitando a contaminação. A partir daí, no método artesanal de produção da bebida, é só adicionar os grãos de kefir em um litro de leite ou em um litro de água contendo duas colheres de açúcar mascavo. O leite ou água com açúcar mascavo devem ser pasteurizados ou fervidos e depois resfriados a 25ºC, ou seja, temperatura ambiente para adição dos grãos.

“Devido a produção de gás durante a fermentação, a tampa do recipiente nunca deve ficar totalmente fechada, de vez em quando, agitar devagar o recipiente para garantir que os grãos estejam sempre em contato com o líquido. Após o período de fermentação, que varia de 18 a 24hs, em temperatura ambiente, os grãos são separados da bebida fermentada, filtrando com uma peneira de plástico sem apertar, e, posteriormente, utilizados para adição em um novo leite ou água. O líquido filtrado é transferido para a geladeira, permanecendo por 24 horas. Após a etapa de maturação, o kefir está pronto para o consumo”, elucida.

A especialista explica que a maior parte do kefir é formada por lactobacilos, mas a composição total dos grãos não está definida completamente, pois varia conforme a região de origem, o tempo de utilização, o substrato utilizado para a proliferação dos grãos e as técnicas usadas em sua manipulação. “Por isso é importante durante todo o processo, observar os cuidados de higiene, mantendo os utensílios limpos e as mãos lavadas para manter o equilíbrio desses microrganismos, evitando aqueles patogênicos”, conclui.

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