Semana tem três apresentações cênicas virtuais da casa dos atores

Com mais três apresentações esta semana, a série Teatro #EmCasaComSesc continua com a transmissão de diferentes trabalhos cênicos, direto da casa dos artistas, sempre às segundas, quartas, sextas e domingos, às 21h30. 

Na quarta-feira (26) o ator Eduardo Okamoto traz “Eldorado”, espetáculo pelo qual foi indicado ao Prêmio Shell de Melhor Ator em 2009, inspirado pela pesquisa com construtores e tocadores de rabeca, instrumento de arco e cordas parecido com o violino e presente em muitas manifestações da cultura popular brasileira.

Na história, um cego busca encontrar o que nenhum homem pôde: Eldorado. Com classificação indicativa de 12 anos, a peça tem dramaturgia de Santiago Serrano e direção e iluminação de Marcelo Lazzaratto. O espetáculo já percorreu várias cidades brasileiras e foi apresentado na Espanha.

Na sexta-feira, (28), Leona Cavalli apresenta o solo “Elogio da Loucura”, baseado em livro homônimo (Editora Larousse, 2012) de Erasmo de Rotterdam (1466-1536), humanista e teólogo que viveu na Idade Média. A obra é uma sátira à sociedade dos séculos 15 e 16, retratando males que ainda são identificados atualmente, como a hipocrisia e a perda dos valores da vida. 

Em sua versão para o teatro, a autora Thelma Guedes mantém o discurso sobre a loucura por meio da ótica da obra, que acaba sendo um reflexo da sociedade de todas as épocas. O espetáculo tem direção de Eduardo Figueiredo e classificação de 14 anos.

Apresentado no domingo (30), Leonardo Rocha e Mariana Arruda, do Grupo Maria Cutia, fazem uma releitura para tempos de isolamento social do “Auto da Compadecida”, clássico de Ariano Suassuna (1927-2014), dirigido por Gabriel Villela. A peça narra as aventuras picarescas de João Grilo e Chicó, que começam com o enterro e o testamento do cachorro do padeiro e de sua mulher e acabam em uma epopeia milagrosa no sertão, envolvendo o clero, o cangaço, Jesus, Maria e o Diabo. Todo o cenário e as canções, que são executadas ao vivo na peça, também foram adaptados para a encenação.

 O diretor Gabriel Villela, reconhecido pelo estilo barroco de seus espetáculos, faz nesta adaptação uma analogia estética entre a cor dos figurinos e a cor da lama do rompimento das barragens de mineradoras em Minas Gerais. Esse traço contemporâneo é uma característica presente em todo o espetáculo. A classificação é livre.

Serviço: Vocês assiste às atrações através do youtube

 (Da redação)

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