Adotar animais abandonados é um ato de amor, mas é preciso ter responsabilidade

O número de cães e gatos desamparados é maior que as pessoas que adotam com consciência. Dar um lar a um pet de rua representa carinho, emoção e felicidade

Os animais de estimação são ótimas companhias e a alegria de famílias ou pessoas que vivem sozinhas. Cães e gatos são companheiros para todos os momentos. Porém, muita gente prefere comprá-los, fazendo com que a adoção fique em segundo plano. Essa atitude, resulta em muitos pets vivendo nas ruas, correndo risco, sofrendo maus tratos e passando fome. 

Ele chegou para mudar a vida e fazer todos felizes. Transformou a rotina e trouxe amor para o coração da família Martins. Estamos falando do Estive, um vira-lata que há dois meses foi adotado pela empresária, Adryelle Martins, de 25 anos. Ela é mãe do pequeno Pedro Henrique, de 6 anos, que tinha como sonho ter um animal de estimação como melhor amigo. 

“O sonho do Pedro era ter um cachorro. A mãe de um colega nosso achou ele e nos deu. A família que cuidava dele maltratava e não o tratava bem. Antes de trazermos o Estive para nossa casa, tivemos que garantir que aqui ele teria todo o amor que precisava”, relembra. 

A empresária conta que desde que Estive passou a fazer parte da família, Pedro é mais feliz e tem o cachorrinho como seu fiel escudeiro. “Estive representa para nós a felicidade. O Pedro não fica mais sem ele, eles são um grude. Ele amam ficar deitados junto, a paixão dele é o cachorro. Ele fala bastante que ele é mais feliz depois da chegada do cachorro”, revela. 

Cães e gatos merecem ganhar um lar

Adotar um animal de estimação é um ato de amor. Pense que um cãozinho abandonado vai ganhar uma família e trazer alegria para ela. Mas essa decisão precisa de responsabilidade social. De acordo com a presidente da ONG Fiel Amigo, Laura Cristina Brito, o assunto ‘adoção’ é muito delicado. Uma vez que o número animais abandonados e sofrendo maus tratos é maior que as pessoas que adotam com responsabilidade.

“O número de animais abandonados e sofrendo maus tratos aumenta muito porque não temos interesse por parte do poder público em criar políticas públicas que trabalhem projetos de castração massiva e projetos de leis para punir com rigor aqueles que maltratam e abandonam”, revela a protetora. 

Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) são impressionantes. O número de animais abandonados no Brasil chega a 30 milhões. Entre eles, 20 milhões são cachorros. Segundo Laura, dar um lar a um animal da rua significa compartilhar sensações de emoção e amor. 

“Hoje por conta da pandemia as adoções diminuíram muito, mas trabalhamos muito para darmos a esses animais que resgatamos a chance serem felizes. A adoção desses bichinhos é importante para eles e para as pessoas que adotam, ambos precisam ter a experiência de conviver e aprender um com o outro, os animais têm o amor mais puro do mundo”, comenta Laura.

A protetora explica que a preferência da ONG em relação as pessoas que adotam, são por famílias que realmente amem, respeitem e se dediquem a cuidar dos animais em tudo o que eles precisarem. Após a adoção, a Fiel Amigo acompanha os animais pelas redes sociais. 

“Vermífugos, vacinas, ração de boa qualidade, casinha, comedouros, cobertores, castração a partir do sexto mês de vida e consulta com o médico veterinário quando necessitar e tratamento para qualquer doença que ele venha ter, e se ficar idoso, o cuidado tem que ser redobrado. Todas as adoções são acompanhadas através de fotos e vídeos”, explica.

(Bruna Marques)

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