Aquidauana recebe equipes de saúde da União e do Exército para atender indígenas

Para tentar conter o avanço da COVID-19, Aquidauana receberá a partir de hoje (6) equipes médicas da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) e do Exército com o objetivo de reforçar os atendimentos à saúde indígena, evitando o deslocamento para a zona urbana. Conforme a prefeitura, haverá também a testagem em massa nas aldeias e distribuição de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual).

O município, distante 139 km da Capital, possui 508 casos confirmados de coronavírus, de acordo com o último boletim divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde). O município contabiliza 16 mortes, sendo 11 de indígenas, e confirmou na terça-feira (4), em 24 horas, mais 19 infectados nas aldeias dos 33 novos casos registrados.

As ações de atendimento serão intensificadas por Sesai, prefeitura e Exército de hoje (6) até sábado (8). De acordo com a secretária municipal de Saúde, Cláudia Franco, cinco médicos, sete técnicos de enfermagem e três enfermeiros reforçarão as equipes de saúde. A partir de domingo (9), os Médicos Sem Fronteiras vão iniciar os atendimentos nas aldeias. Os voluntários devem permanecer em Aquidauana por pelo menos 30 dias.

O titular da SES, Geraldo Resende, adiantou que, além de recursos humanos, novos equipamentos serão enviados para a cidade. “Vamos encaminhar cinco novos leitos de UTI [Unidades de Terapia Intensiva] para que o Hospital Regional de Aquidauana possa enfrentar o surto naquela região e que se evite [a transferência] de pacientes para Campo Grande”, pontuou.

De acordo com a secretária municipal, além da habilitação dos novos leitos de UTI, houve a expansão da oferta de leitos clínicos. “Nós tiramos a maternidade do Hospital Regional e nós o passamos para o Hospital Ruralista. A maternidade e a pediatria saindo da cidade nos permitiu mais espaço, nós abrimos então mais leitos clínicos com essa mudança”, ressaltou. Segundo Franco, sem o atendimento correto nas aldeias indígenas, os pacientes chegavam aos hospitais em situação já preocupante. “Com relação às aldeias, a Sesai não estava fazendo o papel deles nas ações de cumprimento no atendimento à saúde primária. Os pacientes chegavam aos hospitais diabéticos e hipertensos e tudo isso agravava o quadro clínico deles. Nós então, encaminhamos três equipes de médicos e enfermeiros para dar suporte, porque a Sesai só contava com um médico”, frisou.

Franco reiterou que, após os reforços nas equipes multidisciplinares, os números de internações se reduziram. “Depois que nós reforçamos a equipe de atendimentos observamos que os números de internações de indígenas caiu, e com relação ao lockdown que o prefeito instituiu na semana passada, o número de internações de não indígenas também diminuiu. Nós fizemos um comparativo de sexta-feira (31) quando foi decretado o fechamento da cidade até ontem (4), e pudemos constatar que as internações diminuíram nos leitos clínicos e de UTI”, finalizou.

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(Texto: Mariana Moreira/Publicado por João Fernandes)

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