Comandante do policiamento metropolitano prevê aumento de flagrantes mesmo com decreto em vigor
Este é o terceiro fim de semana em que o toque de recolher começa às 20h em Campo Grande. Apesar da duração de nove horas por noite em que só as saídas essenciais são permitidas, os flagrantes continuaram ocorrendo.
Pelo constante desrespeito à medida, nesta semana, a PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) e o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) se uniram à prefeitura para intensificar a fiscalização, principalmente no sábado e no domingo, quando há uma alta no número de abordagens, como explicou ao jornal O Estado o responsável pelo comando do policiamento metropolitano, o coronel André Macedo. “Nesse próximo fim de semana, nós esperamos um aumento nas autuações administrativas e também em questões criminais, é bem provável, que se tenha um grande número dessas ações”, afirmou.
O endurecimento das medidas é necessário, pois, mesmo com a crescente alta nos casos do novo coronavírus, apenas no período do novo horário do toque de recolher foram identificados mais de 4,1 mil casos, sendo mais da metade registrada em todo o município. Ainda assim, a Guarda Municipal abordou mais de 2,2 mil pessoas durante as fiscalizações. A Polícia Militar iniciou o apoio ao município no momento em que o toque de recolher foi estabelecido às 20 horas. A partir do último fim de semana, em que foi implantado o “semi-lockdown”, as equipes uniram a Operação Toque de Recolher.
De acordo com o coronel André Macedo, diariamente são destacadas sete equipes que são responsáveis pelas sete regiões de Campo Grande. Com a chegada do fim de semana, o serviço precisa ser reforçado, pois existe um aumento no registro de descumprimento das medidas. “As pessoas fazem festas e organizam eventos, mas é preciso que se respeitem as medidas. Caso haja um desrespeito, existem dois protocolos a serem seguidos: o primeiro de forma administrativa, e, caso tenha incidência e desrespeito, vem o segundo, com incidência criminal, em que podemos fazer a autuação com base no artigo 330, da desobediência da ordem emanada de um agente público”, explicou.
Apesar de haver a possibilidade de prisão, as medidas continuam sendo desrespeitadas diariamente. “O monitoramento é realizado em toda a área urbana, com foco principalmente nos locais que possuem alta incidência de aglomerações. Neste primeiro momento, nós estamos focados em realizar as recomendações e aplicar essas medidas administrativas, [mas] por exemplo, alguns donos de bares que tiveram os estabelecimentos lacrados, caso seja necessário, podem ocorrer prisões”, revelou.
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(Texto: Amanda Amorim e Mariana Moreira/Publicado por João Fernandes)