Corumbá lidera em número de incêndios no Brasil há 5 dias

O município de Corumbá, distante 428 km de Campo Grande, está liderando o ranking de cidades com o maior número de focos de incêndio acumulados nos últimos cinco dias no Brasil. Segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), do dia 17 ao dia 21 de julho foram registrados 358 focos acumulados de incêndio em Corumbá, sendo que, só na terça-feira (21), foram 139 focos, um aumento de 969% se comparado com a segunda-feira (20), quando foram registrados apenas 13 focos acumulados.

Entre o domingo (19) e a segunda-feira (20), aproximadamente 6 mil hectares de vegetação nativa foram destruídos pelos incêndios. Entretanto tem pelo menos três semanas que pontos da Serra do Amolar estão queimando. Dados do Inpe mostram que o crescimento no número de focos acumulados foi de 218% se comparado o mês de julho, de 1° a 21, com 597 focos, com o mesmo período de junho, onde foram registrados 188.

Segundo o diretor do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), Ângelo Rabelo, havia mais de 300 focos de incêndio na região ontem (22). “Nós estamos protegendo as reservas e parque nacional, locais em que o fogo ainda não entrou, mas há grandes áreas de difícil acesso com fogo ainda em grande expansão”, assegurou.

De acordo com o chefe da assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, tenente-coronel Fernando Carminati, bombeiros de outros dois municípios estão ajudando no combate aos focos de incêndios. “Além dos bombeiros militares de Corumbá, equipes de Aquidauana e Jardim também estão sendo empregados nas linhas de frente dos focos de incêndio”, assegura.

O desafio mais recente ocorre agora na região de Itajiloma, distante apenas 10 km de Corumbá. Pela proximidade e extensão das chamas, a cidade chegou a ficar debaixo de fumaça na terça-feira (21). Foi solicitado também por parte da corporação o envio de aeronaves para ajudar as equipes que estão tralhando para controlar os incêndios na região. “Está sendo realizado o trâmite para mobilização e emprego desses recursos”, explicou o tenente-coronel Carminati. Mato Grosso do Sul está com 881 focos ativos neste mês de julho, até o dia 21.

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(Texto: Rafaela Alves/Publicado por João Fernandes)

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