A pandemia do novo coronavírus alcançou um patamar estável no Brasil, segundo a declaração dada por Michael Ryan, diretor-executivo da Organização Mundial da Saúde, nesta sexta-feira (17), durante uma coletiva de impresa.
“O crescimento no Brasil não é mais exponencial, ele atingiu o platô”, disse o diretor da OMS.
Ainda assim, ele alertou que “não há absolutamente nenhuma garantia” de que os novos contágios diminuirão “por si só”. “Existe uma oportunidade agora para o Brasil empurrar a doença para baixo”, complementou.
Segundo os dados do Ministério da Saúde, a semana passada teve a primeira diminuição nos novos casos em relação à anterior desde o início da pandemia: foram 262.846 contágios entre 5 e 11 de janeiro, contra 263.337 nos sete dias anteriores – as estatísticas não levam em conta a subnotificação que caracteriza a crise no Brasil.
Já o número de novos óbitos tem se mantido em um patamar pouco superior a 7 mil por semana desde meados de junho. Até o momento, o Brasil soma pouco mais de 2 milhões de pessoas infectadas e cerca de 76,7 mil mortes, atrás apenas dos Estados Unidos.
A maioria dos países que conseguiram controlar a pandemia, especialmente na Europa, começou a relaxar as medidas de confinamento apenas depois de suas curvas terem saído do “platô”, como a Itália, que ainda não experimentou uma possível “segunda onda” de contágios.
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(Texto: Inez Nazira com informações do IstoÉ)