A precisão de queda de 6,4% do Produto Interno Bruto (PIB) – soma dos bens e serviços produzidos no país – divulgada pelo Banco Central (BC) no fim de junho, pode não se concretizar, disse hoje (16) o presidente do órgão, Roberto Campos Neto. Em transmissão ao vivo para executivos de um banco, ele disse que a tendência de recuperação da economia ficou mais clara nos últimos 15 dias.
“Nos parecia que apesar de ter um número de 6,4% existia um viés de melhora, e acho que nas últimas duas semanas esse viés ficou mais claro. Tem um começo de recuperação em ‘V’ e depois a pergunta é o quanto suave vai ser a segunda parte dessa recuperação”, declarou Campos Neto. Ele citou estatísticas de arrecadação, tráfego e consumo de energia para justificar a reativação da economia.
Recuperação em “V” é um termo usado por economistas para relatar uma retomada intensa depois de uma queda vertiginosa na atividade econômica. No caso do Brasil, no entanto, o presidente do BC disse não acreditar que a recuperação será tão rápida como na China, com o reaquecimento dando-se de forma suave.
“Nós não acreditamos que vai ser um V completo. Hoje a China dá pra dizer que está perto de ter um V completo. Até nos Estados Unidos acho que está difícil dizer isso, a evidência mostra que alguns dados como consumo está subindo em V, mas outras nem tanto”, acrescentou.
(Texto:Ana Beatriz Rodrigues com informações da Agência Brasil)