Candidata à Reitoria, professora defende importância de pesquisas

A candidata Elizabeth Bilange é docente na Faculdade de Ciências Humanas

Candidata ao cargo de reitora da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), a profª dra. Elizabeth Bilange aponta que, caso seja eleita, seu trabalho será desenvolvido com pensamento coletivo, buscando aumentar os projetos de pesquisa e os trabalhos realizados na instituição. A candidata atualmente pesquisa sobre a literatura regional de Corumbá e atua como docente na FACH (Faculdade de Ciências Humanas), e representa a chapa 1: “Cultura, Ciência e Consciência”, que tem como vice profª. dra. Lucilene Machado, adjunta da CPAN-UFMS.

Bilange é graduada pela UFMS na primeira turma de licenciatura em Letras, quando foi presidente do CAL (Centro Acadêmico de Letras). Tornou-se mestre e doutora pela USP, em Literatura Portuguesa. Desde 2009, atua como professora concursada na UFMS.

O Estado: Caso venha a ocupar o cargo de reitor, quais serão os principais eixos do seu plano de gestão? Pelo que sua gestão será lembrada?

Bilange: Nossa gestão será lembrada pelo nosso cuidado com as pessoas, defesa de seus direitos, preocupação com a saúde física e mental, com o ambiente de trabalho, pelas políticas afirmativas, pelo cuidado com nossos estudantes, técnicos e docentes! Pela democracia plural e voltada para todos. O nosso plano está ancorado em cinco eixos que nomeamos como cinco pilares, que são: pessoas; social; cultural; inovação; administrativo com gestão e infraestrutura.

O Estado: O Brasil atravessa um cenário de cortes nos investimentos em pesquisa, além de diminuição dos orçamentos das universidades. Nesse contexto, como se manter produzindo saberes? 

Bilange: Nós vivemos um momento em que apenas a ciência e a pesquisa podem responder às necessidades impostas pela pandemia e, talvez, a todas as pragas que se avizinham. É preciso esclarecer ao governo a importância da pesquisa para a evolução em todas as áreas humanas. É possível constatar a importância pela necessidade de se produzir uma vacina, em caráter de urgência, para garantir vida às pessoas. Isso é concreto, isso é pesquisa, isso é ciência. Fica claro que nunca se desprezou tanto o conhecimento como no atual governo; como é possível decretar a interrupção de uma pesquisa de anos, quase concluída, por falta de recursos? Em nosso plano de gestão criaremos um grupo multidisciplinar centralizado para captação de recursos, inclusive recursos internacionais, e fazer valer as leis que protegem a universidade e a ciência.

O Estado: UFMS estabelece a universidade como instituição de ensino, pesquisa e extensão. Como articular esse tripé? E quais são os seus planos específicos para a extensão?

Bilange: Nossa proposta é um currículo integrador como um projeto educativo estratégico em que se possa relacionar a docência, a pesquisa e a extensão com o fim de responder às necessidades das aulas e da sociedade. A universidade deve dar prioridade à articulação dessas funções, já que elas se constituem a essência dos processos que a definem, deve ser vanguarda dos processos de transformação, de mudanças e de orientação científica, tecnológica, social e cultural no país e, ainda, precisa estar alinhada com os novos tempos para poder ter uma visão integral de suas funções acadêmicas.

O Estado: Qual é a sua proposta para que a comunidade universitária possa se sentir mais segura no campus?

Bilange: O problema de segurança nos campus das instituições públicas é, sem dúvida, um dos mais graves, recorrentes e, também, dos mais polêmicos. A guarda patrimonial é responsável exclusivamente pela proteção dos espaços e bens da universidade, e a segurança é executada por empresas terceirizadas, em serviços contratados por licitação, portanto não são pessoas capacitadas para fazerem a segurança de pessoas. Faz-se necessário um amplo debate, não só internamente, mas também com outras universidades federais para unir forças suficientes junto ao MEC e outros órgãos do governo a fim de pressionar a reabertura de concursos públicos para o cargo de segurança universitário; ou o governo crie uma nova instituição policial como, por exemplo, uma polícia universitária com a única finalidade de fazer a segurança.

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(Texto: Amanda Amorim/Publicado por João Fernandes)

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