Desde da chegada do ciclone bomba no Brasil, foram registradas 10 mortes. O sul do País vem sofrendo desde ontem, os ventos chegaram a 120 km/h, o equivalente a um furacão de categoria 1 na escala Saffir-Simpson, deixando as cidades destruídas.
São esperadas nos estados de São Paulo, no Rio de Janeiro e no território paranaense, rajadas de até 90 km/h.
Em Santa Catarina, foram registradas mortes em Chapecó (1), em Santo Amaro da Imperatriz (1), em Tijucas (3), Governador Celso Ramos (1), Ilhota (1), Itaiópolis (1) e Rio dos Cedros (1), totalizando 9 na região. Além de uma pessoa que segue desaparecida em Brusque. Foi cotabilizada uma pessoa no Rio Grande do Sul.
A tempestade passou por todas as regiões deixando um rastro de destruição, com quedas de árvores, postes e destelhamento de residências. Mais de 1,5 milhão de pessoas ficaram sem energia elétrica.
O Corpo de Bombeiros somou mais de 1,6 mil ocorrências atendidas entre terça e às 7h30 desta quarta. Mais de mil soldados ficaram empenhados nos trabalhos neste período, com o auxílio de 380 viaturas. Já a Centrais Elétricas de Santa Catarina, Celesc, está com 300 equipes trabalhando para retomar a energia.
O ciclone foi alertado pela Marinha, que comunicou ressaca com ondas de três e quatro metros no litoral gaúcho e catarinense.
‘Ciclone bomba’
O “ciclone bomba” que está passando pelo sul do país ocorre quando a pressão atmosférica no centro do ciclone de forma muito rápida. A meteorologista Estael Sias, da Metisul, diz que “quanto mais baixa a pressão atmosférica numa determinada área, mais tem elevação de ar e nuvens carregadas.”
O fenômeno acontece, geralmente, associado a contraste de temperatura. Há poucos dias, houve calor histórico e agora há incursão de potente massa de ar polar, ressalta Estael.
O evento é comum no inverno do Norte da Europa e no Nordeste dos Estados Unidos, onde recebe o nome de Nor’Easter.
No Atlântico Sul, é mais comum em latitudes mais ao Sul de onde está ocorrendo agora, mais frequente a sudeste do Rio da Prata, na costa da Argentina, ou no cinturão de baixas da Antártida. São estes ciclones que “sugam” ar muito frio e trazem queda de temperatura.
Isso explica a previsão para temperaturas negativas nas regiões mais altas das serras gaúcha e catarinense.
A meteorologista alerta que nesta quarta-feira, 1º, o ciclone alcança a faixa leste de todo o sul do Brasil e se estendendo até o litoral paulista. Os riscos são vento forte e intensa sensação de frio.
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(Texto: Inez Nazira com informações do IstoÉ)