População adere e usa máscara de forma errada

Os decretos municipal e o estadual, que passaram a valer desde segunda-feira (22), e que pedem a obrigatoriedade do uso das máscaras, provocam mudanças pontuais no comércio. Locais que possuem um grande fluxo de pessoas passaram a poder exigir o uso do acessório, mas ainda assim é comum encontrar aqueles que fazem o uso de forma incorreta: no queixo; com o nariz à mostra; ou pendurada em apenas uma das orelhas.

As formas de uso irregular são as mais diversas e, portanto, não garantem a eficácia do material. A reportagem do jornal O Estado percorreu na tarde de ontem três dos pontos de alto fluxo de pessoas: o Mercadão Municipal, o Camelódromo e a Conveniência Alemão, e verificou o comportamento diferentes das pessoas que frequentam os locais.

Mesmo que seja disponibilizado todo aparato para evitar a contaminação pelo coronavírus, tais como totem de álcool gel e borrifador no momento da entrada, e, ainda, os funcionários estarem utilizando as máscaras de proteção, o uso irregular era notado principalmente nos clientes. Apesar de não se tratar da maioria, ainda é possível encontrar quem desrespeite o decreto.

Por se tratar de uma segunda-feira, o fluxo de pessoas estava moderado na região central. No Alemão, conhecido pelo comércio de frios, as filas eram quase inexistentes, com fluxo rápido e distanciamento demarcado. Todos dentro do estabelecimento estavam respeitando o decreto e utilizando corretamente a máscara. Já no Mercadão Municipal, o diferencial se encontrou em um aviso sonoro, que explica o decreto e avisa que a entrada sem o material não poderá mais ser realizada, porém parte dos clientes utilizava o material de forma incorreta.

O cenário no Camelódromo, estava pouco diferente, e o uso incorreto, além de ser observado nos clientes, também poderia ser visto em parte dos atendentes das bancas. Para a autônoma Rozimeire Sanches de Oliveira, de 55 anos, a medida é importante, pois ajuda na conscientização coletiva. “Eu apoio e acho até que isso já devia partir de cada um, sem precisar de um decreto”, apontou.

O autônomo Vanderlei Santos Silva, de 36 anos, concorda e explica que as pessoas precisam realizar ações conscientes, para evitar o contágio. “Os casos têm aumentado muito, acredito que essas pessoas que não usam a máscara, mesmo com o decreto, vem brincando com a vida e, o pior, brincando com a vida dos outros, porque não é só eles que ficam em risco de contágio, mas, sim, todo mundo”, relatou.

Denúncia

A Vigilância Sanitária do município é a responsável pela fiscalização do decreto. Porém, em nenhum dos três locais havia fiscalização. O processo então passa por denúncia; a reportagem entrou em contato no número para denúncia, (67) 3314-9955, e o atendimento foi concluído em cinco minutos. Segundo o município, a reclamação pode ser realizada de forma anônima e acompanhar por meio do número de protocolo.

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(Texto: Amanda Amorim/Publicado por João Fernandes)

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