Carnes e produtos florestais puxam exportações do agronegócio de MS

O relatório de gestão elaborado pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) revela que as carnes e os produtos florestais puxaram o crescimento das exportações do agronegócio estadual de 2015 a 2019. De acordo com a entidade, nesse intervalo de tempo, o Valor Bruto da Produção cresceu 69% e atingiu R$ 35,9 bilhões.

De produtos florestais, as exportações saltaram de US$ 1 bilhão em 2015 para US$ 1,9 bilhão em 2019. No mesmo período, as carnes que tiveram rendimento crescente, de US$ 875,9 milhões para US$ 1 bilhão. Porém, o complexo soja teve leve queda, de US$ 1,5 bilhão para US$ 1,3 bilhão, e o de cereais, farinhas e preparações, de US$ 487,5 milhões para US$ 452,1 milhões.

No mercado internacional, os principais parceiros comerciais de Mato Grosso do Sul são a China (43,6%), o Japão (4,8%), os Estados Unidos (4,3%), a Itália (4,1%), e os Países Baixos (3,6%).

Quanto ao perfil produtivo sul-mato-grossense, o relatório de gestão da Famasul indica que de 2015 a 2019 o complexo sucroenergético teve 14,3% de crescimento da produtividade apesar da redução de 1% da área, e consequentemente elevou em 13,1% a produção. Mas as exportações, com destino sobretudo à Argélia, ao Canadá e Bangladesh, tiveram queda de 80,7%.

No caso da soja, a área cresceu 29%, a produtividade caiu 4%, mas a produção subiu 28%. No mercado internacional, a oleaginosa rendeu US$ 1,1 bilhão, especialmente por causa da China, que comprou 2,4 milhões de toneladas, Argentina (353,8 mil toneladas), e Vietnã (109,1 mil toneladas).

Sobre o complexo florestal, a entidade que representa o setor produtivo aponta que a área plantada é de 1,1 milhão de hectares e as exportações cresceram 84,8%, com destino à China (2,5 milhões de tonelada), aos Estados Unidos (391,7 mil toneladas), e Itália (359,2 mil toneladas).

O milho rendeu US$ 449,9 milhões em exportações, principalmente ao Japão (1,1 milhão de toneladas), Irã (497,2 mil toneladas), e Coréia do Sul (265,2 mil toneladas). Desde 2015, teve 27% de crescimento da área cultivada e apesar da redução de 5 em produtividade, elevou em 34% a produção.

A bovinocultura de corte teve redução de 6,2% do rebanho, mas aumentou o abate em 10,3% e a produção de carne teve acréscimo de 11,6%. Chile (34,4 mil quilos), Hong Kong (41,8 mil toneladas), e Emirados Árabes (17,6 mil toneladas) são os principais destinos.

A suinocultura elevou em 15,6% o rebanho, em 36,6% o abate e em 36,5% a produção de carne. As exportações, porém, caíram 62,9% em volume, 79,5% na receita, e totalizaram 5,4 mil toneladas, a maior parte, 3,5 mil toneladas, para Hong Kong.

Já a avicultura teve crescimento de 4,7% do rebanho, redução de 9,2% no volume de abates e de 7,9% na produção de carne. A exportação caiu 25,1% na receita e 22,8% no volume, que chegou a 131,1 mil toneladas, sobretudo para a China (29,7 mil toneladas).

(Texto: João Fernandes com assessoria)

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