Especialista traz dicas para evitar compras por impulso

Professora ensina como controlar os gastos extras durante a quarentena e resistir às facilidades oferecidas por plataformas digitais

A pandemia do coronavírus e o isolamento social, adotado como medida preventiva, reinventaram o comportamento dos brasileiros em relação ao trabalho, ao consumo de produtos e serviços e também em relação à convivência dentro de casa com seus familiares. As vendas em plataformas digitais podem, pela praticidade e segurança, ser uma prática tentadora às famílias que estão em casa. Por isso nunca é demais reforçar os cuidados necessários antes de fechar o carrinho e de incluir os dados pessoais e de pagamentos em sites de lojas. Afinal, para muitos, basta um celular na mão para que o desejo de consumir venha à tona.
A professora do Curso de Administração da Uniderp Fabiana Biazetto afirma que o chamado “efeito coronavírus” tem sido uma realidade que afeta os dois lados, empresas e consumidores. “De um lado está o consumidor, que enxerga a compra online como forma de adquirir bens e serviços de forma segura em casa, e do outro, as empresas que empregam estratégias de sobrevivência em meio à pandemia, buscando facilitar as vendas por meio de aplicativos, redes sociais e demais formas de e-commerce”, analisa. Considerando que a prática de consumo também é comportamental, o medo de faltar tem sido um gatilho e as pessoas devem se atentar para não consumir de forma impulsiva.”
De acordo com a professora, os aplicativos de venda também apresentam recursos cada vez mais fáceis de usar e, muitas vezes, contam com publicidade direcionada, que chegam facilmente ao público-alvo, em sua maioria via redes sociais. “Alguns recursos, como pagamento simplificado por meio de cartões digitais, integração com aplicativos bancários para facilitar o pagamento por boleto, entre outros, podem contribuir para que a compra seja feita de forma instantânea, sem que antes as pessoas reflitam sobre o gasto. Não se pode esquecer que a fatura sempre virá, então todo o cuidado é pouco”, explica a especialista.

O tempo de sobra e o isolamento social são fatores que também podem colaborar para o consumo desenfreado. Comprar pode se tornar uma forma de aliviar a tensão e a ansiedade durante o confinamento social, mas pode comprometer o orçamento se for feito sem planejamento e por impulso, defende a especialista. “É preciso ficar atento ao volume de compras e ao aumento de despesas. Até porque estamos vivendo um período de crise econômica, instabilidades e desemprego. Assim, o recomendado é que as compras se restrinjam aos produtos essencialmente necessários para que se possa guardar recursos, sem comprometer a renda futura. Neste sentido, é fundamental ter bem claro quais são as suas condições econômicas”, completa.

Dicas para que consumidores não se percam em meio às facilidades da internet

* Revisite suas planilhas de orçamento e gastos mensais, como forma de reconhecer os custos e de priorizar o consumo necessário.
* Evite ficar olhando aplicativos de compra para passar o tempo, pois isso acende o desejo de consumo.
* Se for realizar pesquisas na internet, entre preferencialmente com a aba anônima ou sem realizar o login em algum e-mail, pois normalmente as páginas já contam com suas preferências arquivadas, podendo direcioná-lo para anúncios.
* Busque seguir seu planejamento financeiro para o mês, mesmo que as lojas apresentem promoções atraentes.
* Os serviços de delivery de refeições são tentadores pela praticidade. Avalie se esse gasto não pode ser facilmente reduzido com planejamento e divisão de tarefas em casa.
* Reanalise as assinaturas de aplicativos ou plataformas de streaming que possui e verifique a necessidade real desses pequenos gastos.
* Use o aplicativo do seu banco para identificar quais são suas maiores despesas e se estão de acordo com suas entradas.
* Evite usar o cheque especial e o rotativo do cartão de crédito. Essas formas de crédito costumam ser muito caras.

Estratégia dos três potes

Lembre-se de que, em tempos de crise, poupar é sempre a melhor saída. Você pode usar a estratégia dos três potes, que consiste em despesas em três potes: um para o que você considera “essencial” e que deve comprometer até 50% do seu orçamento; o segundo para a “diversão”, que deve comprometer até 30% do seu orçamento; e o terceiro, o pote “investimento”, em que obrigatoriamente você deve destinar 20% do seu orçamento para o seu futuro.

(Fonte: Bruna Marques com assessoria de imprensa Uniderp)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *