Partidos de MS ainda não sabem os valores destinados do fundo eleitoral

TSE divulgou o total de verba para todos os partidos nacionalmente

Os diretórios regionais de Mato Grosso do Sul já iniciam discussão sobre o repasse do fundo eleitoral para campanha de prefeitos e vereadores, em 2020. O Tribunal Superior Eleitoral divulgou, no início da semana, os valores de distribuição para os partidos, e agora as siglas do Estado aguardam definições das nacionais.

Entre os partidos que vão receber as maiores verbas estão: PT com R$ 200.925.914,05 ; PSL com R$ 193.680.822,47 ; PSD com R$ 157.180.452,52 e MDB com o montante de R$ 154.867.266,21.

Pelo PT, o presidente regional, Vladimir Ferreira, esclareceu que ainda não tem valor definido para Mato Grosso do Sul. E que os presidentes regionais do país fizeram diversas propostas para a executiva acional em reunião virtual.

“Estamos discutindo o assunto nos últimos dois meses, e estamos aguardando. Nós de MS apresentamos a proposta de que 30% do valor total sejam destinados as regionais de forma igualitária e que 70% enviado para as prioridades como campanhas em capitais. Até o início de julho, acredito que o valor já esteja definido”, esclareceu o petista.

Para o presidente municipal do PT de Campo Grande, Agamenon do Prado, é essencial que o valor para a campanha da Capital seja razoável. “Vamos dialogar sobre o recurso compatível com a campanha do município. Temos 44 pré-candidatos a vereador e o candidato à prefeitura. É fundamental que haja prioridade.”

Pelo PSL, o pré-candidato à Prefeitura de Campo Grande vereador Vinicius Siqueira disse que a diretoria nacional pediu um prospecto de orçamento de gastos para todas as campanhas majoritárias, para haver a definição.

“Eles pediram esse orçamento de gastos para todas as majoritárias do país e devem analisar. Até porque produtoras tem um custo diferente em cada cidade do país. A gente vai colocar todos os custos de campanha como, por exemplo, custo de pesquisa, além de equipes e setores fundamentais para o desenvolvimento e para quando chegar lá na frente não haver falta de profissional ou material. Acho que as capitais terão prioridades e principalmente Campo Grande, porque o partido tem boas expectativas, principalmente pelo meu trabalho como vereador”, explicou Siqueira, que também argumentou que a definição de valores para o Estado ainda não tem data.

O presidente municipal do PSD, Antonio Lacerda, disse que o valor é repassado ao diretório regional e o presidente regional, no caso o senador Nelsinho Trad, é quem define a quantia para cada município.

Segundo Lacerda, a majoritária não está e não fará pré-campanha, já que a preocupação é em relação à gestão de Marquinhos Trad e combate ao novo coronavírus. Ele afirma que na Capital, somente os pré-candidatos a vereadores iniciam pré-campanhas e de forma moderna.

“Este ano, todos estão se deparando com o ‘novo’ perante a pandemia, e eu penso que a pré-campanha e campanha de vereadores será muito moderna e com uso de tecnologias e plataformas virtuais. A chapa está forte e confiante. Agora na majoritária o nosso entendimento é voltado apenas à administração e à gestão à frente da prefeitura. O prefeito está empenhado nas ações de combate ao novo coronavírus e demais questões que necessitam do empenho, sem se preocupar neste momento com pré-campanha”, explicou o presidente municipal do PSD.

Em contato com o presidente regional do PSD, senador Nelsinho Trad, foi dito, por meio da assessoria de comunicação, que ainda não há referência de valores e somente após a convenção o montante será definido.

Segundo o presidente regional do MDB, Junior Mochi, o que ele sabe é que será em torno de R$ 154 milhões para dividir entre os diretórios do país. Ele afirma que agendou reunião com o presidente nacional do MDB, deputado Baleia Rossi, por meio da senadora Simone Tebet, para saber os critérios de distribuição deste ano.

“O que nós sabemos é o que foi divulgado até agora. E por isso solicitamos, por meio da senadora Simone, para o dia 23 de junho uma reunião com o diretório nacional. Nós iremos conversar exatamente sobre quais critérios serão adotados e quanto será destinado a Mato Grosso do Sul. Após isso é que sentaremos com membros da executiva regional também para definir valores para as campanhas. No estado, o MDB possui 41 pré-candidatos a prefeito e centenas de pré-candidatos a vereadores, então são necessárias essas conversas e estudos da destinação”, explicou Mochi.

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(Texto: Andrea Cruz/Publicado por João Fernandes)

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