Transporte Escolar faz apelo à prefeitura de Campo Grande

Em nota, a Semed informou que não há previsões de pagamentos ou adiantamento para o setor

Parado desde o dia (17) de março em razão a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o empresário Renato Gomes que é proprietário da empresa R2 Transportes  Escolares, faz apelo a prefeitura de Campo Grande diante da crise econômica causada pelos impactos da doença.

Nos últimos três meses, Renato tem vivido um grande pesadelo ao enfrentar o isolamento social e os impactos econômicos que sua empresa de transportes escolares continua tentado lidar desde que o calendário escolar foi suspenso. ” Nossa categoria trasportava 45 mil alunos por dia, agora, sem aula, nós não estamos tendo condições de arcar com a folha de pagamento. É uma situação muito difícil para nós, se as aulas não retornarem em julho, iremos à falência, muitos perderão o emprego” conta seu Gomes, que mesmo sem o fluxo de alunos, vem tentando manter seus colaboradores empregados.

Em Campo Grande, cerca de 14 empresas de trasportes escolares foram afetadas, o que corresponde a 88 linhas e um total de 206 funcionários, que podem ser desligas a qualquer momento, caso as aulas não voltarem no próximo mês de julho. A fim de solucionar o problema e manter a empresa de portas abertas, Renato faz apelo por acordo com a prefeitura.

“Encaminhamos uma proposta a prefeitura e pedimos que uma definição seja dada. Queremos acordar um adiantamento de 30% do nosso contrato. Só assim vamos conseguir superar essa crise. A prefeitura vai receber quatro parcelas de 40 milhões e acredito que seja justo esse apoio a nossa classe. E assim como outros serviços considerados essenciais, que estão podendo abir dentro das normas de biossegurança, nós também precisamos de um respaldo” clama o empresário que tenta achar uma solução para se manter no mercado junto aos seus colaboradores. Vale lembrar que em todo o Estado, são 230 empresas e 3 mil funcionários.

Em nota, a Semed informou que não há previsões de pagamentos ou adiantamento para o setor. “A prestação do serviço de transporte escolar rural está diretamente atrelada a existência de aulas presenciais.
Em virtude dos Decretos Municipais que suspenderam as aulas presenciais na Rede Municipal de Ensino, o contrato foi interrompido, uma vez que não haveria a necessidade de transportar os alunos das suas residências até as unidades escolares.Atualmente, existem 85 contratos com empresas que prestam esses serviços. A legislação vigente e os órgãos de controle como o Tribunal de Contas do Estado e Ministério Público, orientam que a partir da paralisação do contrato e da não prestação de serviços, não deve haver nenhum tipo de pagamento. Ressaltamos que na Semed não existe nenhum pedido protocolado para pagamento antecipado ou de adiantamento. Caso seja solicitado, será analisado pelo setor jurídico”.

(Texto: Karine Alencar)

 

 

 

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