Dia Mundial do Meio Ambiente ou: o dia mundial do exemplo?

Em data alusiva aos cuidados com o planeta, a importância de atitudes positivas nesse sentido

Lá se vão 48 anos da Conferência de Estocolmo, onde se definiu o dia  5 de junho como o Dia Mundial de Preservação do Meio Ambiente. E, nessa data, o Jornal O Estado, por sugestão de leitores, descobriu um grande exemplo dessa atitude em Campo Grande. Mais precisamente, no Jardim Aeroporto, região em que Valmir Martins de Assis, 66 anos mostra o quanto fazer a diferença é fundamental.

Valmir é funcionário público Estadual, da área de Monitoramento das Águas do MS, e descobriu através da profissão, um jeito de cuidar do lugar onde mora com muito amor, dedicação em um projeto único e voluntário que ele mesmo criou. “Minha dedicação pelo Meio Ambiente surgiu, quando tive a oportunidade de trabalhar na arborização do Parque das Nações Indígenas, coletando as sementes, produzindo mudas, e plantando-as juntamente com outras pessoas na época. A partir do momento, que eu percebia a transformação que ia acontecendo, eu quis que este paisagismo de lá, acontecesse aqui, no meu bairro também” conta o servidor.

Quando inaugurada a Avenida José Barbosa Rodrigues, Valmir enxergou a via como uma oportunidade de transformar a rua, em uma reserva com sombras e flores para que todos pudessem usufruir, e a transformou em um pedacinho do Parque das Nações Indígenas. Eu abracei esta oportunidade e comecei a coletar semente pelos diversos lugares do Estado. Produzia as mudas, aqui na minha casa, e nos finais de semana ia plantando na margem da pista de caminhada” revela.

Mesmo com as dificuldades do dia a dia, como a pandemia e as queimadas que os vizinhos fazem no local, ele faz questão de manter tudo com muita perfeição. Agora, nestes dias de pandemia, estou replantando novas mudas naqueles trechos que o fogo destruiu e ao mesmo tempo fazendo o acero em torno das árvores para evitar novos danos, porque muitas árvores  foram danificadas pelo fogo, entulhos e lixo jogados por moradores da região” explica o voluntário e idealizador do projeto.

Com muita expectativa, Valmir descreve as belezas que estavam escondidas e por vezes não são valorizadas na região, e fala sobre seus desejos para a via que cuida com tanto empenho. “Moramos numa região muito bonita de Campo Grande, onde existe um denso buritizal, morada das araras, quatís, cotias e até mesmo um Bugio solitário temos por aqui. Frequentemente, vemos pessoas de outras regiões do País fotografando estas nossas belezas. Passados estes tempos de pandemia, marcados pelo sofrimento, faz-se necessário contribuir com a qualidade de vida das pessoas, propiciando a elas um ambiente saudável, bonito, florido, com cheiro e sabor. O sabor estará nas diversas espécies de mangas plantadas ao longo da pista” conclui.

(Texto: Bruna Marques e Karine Alencar)

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