“Censurar minha palestra é como queimar livros na ditadura”, diz Moro

O ex- ministro da Justiça Sérgio Moro, teve sua palestra cancelada na Argentina. Após o episódio, Moro revelou que, multiplicaram-se os convites para outras conferências. “Eu devo realizar alguma outra conferência. Depois do cancelamento, muitos argentinos entraram em contato, lamentando o havido e ofereceram para realizar a conferência em outro cenário, em outro contexto”, contou durante uma entrevista ao canal argentino de notícias La Nación Más (LN+).

As declarações foram feitas nesta sexta-feira (29), logo após o cancelamento da palestra “Combate contra a corrupção, democracia e estado de direito”, que aconteceria na Faculdade de Direito da principal universidade argentina e uma das mais destacadas da região, a Universidade de Buenos Aires. O evento seria realizado pela plataforma digital Zoom no dia 10 de junho às 10 da manhã.

O ex-juiz e ex-ministro comparou a censura que sofreu com uma prática comum às ditaduras dos anos 70, tanto na Argentina quanto no Brasil. “Esse tipo de situação de impedir palestras é mais ou menos o que se fazia no passado quando se queimavam livros em situações arbitrárias”, refletiu. “Não me parece a postura mais apropriada do ponto de vista da tolerância”, acrescentou.

(Texto: Karine Alencar com o Uol)

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