Ibovespa dispara 4,25%, maior alta em mais de dois meses

Nesta segunda-feira (25), o principal índice da Bolsa Brasileira, o Ibovespa, teve forte alta de 4,25% e fechou na máxima em mais de dois meses. Já para o dólar, o dia foi de queda de mais de 2% ante o real, fechando no menor patamar desde o fim de abril.

A queda do dólar neste pregão é a quarta consecutiva, período no qual a divisa cedeu 5,26%. É a maior perda acumulada em quatro sessões desde junho de 2018.

O ambiente externo mais positivo também ajudou a reduzir a demanda por proteção no mercado doméstico, o que permitiu ao real contabilizar o melhor desempenho global nesta segunda.

A moeda norte-americana à vista terminou em queda de 2,08%, o que representa R$ 5,458 na venda. É o menor patamar desde 30 de abril (R$ 5,438) e a maior desvalorização percentual diária desde 29 de abril (-2,94%).

A cotação passou todo o pregão em baixa. Na mínima, desceu a R$ 5,4440 (-2,33%) e, na máxima, foi a R$ 5,5305 (-0,78%).

Na B3, o dólar futuro recuava 1,45%, a R$ 5,4600 na venda, às 17h08min.

Nesta sessão, a moeda brasileira, de longe, liderou os ganhos entre os principais rivais, num dia de dólar fraco contra vários pares emergentes e sem a referência de Wall Street, cujas operações permaneceram fechadas pelo feriado do Memorial Day nos EUA.

O Banco Central vendeu nesta segunda-feira todos os 2 bilhões de dólares ofertados em leilão de rolagem de linhas de dólares com compromisso de recompra e colocou também o lote integral de 12 mil contratos de swap cambial tradicional, também para rolagem.

O Ibovespa disparou 4,25%, a 85.663,48 pontos, maior patamar desde 11 de março. O giro financeiro somou R$ 21,27 bilhões, ante média diária no mês de R$ 25,5 bilhões.

Pela análise gráfica do Fernando Goes, da Clear Corretora, o mercado rompeu a máxima do dia 29/04 (+2,29%, 83.170 pontos), primeira máxima pós Covid-19. Para ele, esse movimento mostra que o mercado caminha para os 90 mil pontos, como esperado.

“Acreditamos que ele possa chegar até próximo de 95 mil pontos, pois no curto prazo já há uma pequena tendência de alta sendo considerada.”

(Texto: Izabela Cavalcanti com informações da Reuters)

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