Cães precisam de atenção redobrada em dias de chuva

 

Fator de risco das chuvas não é a água em si, mas a exposição a microrganismos e bactérias

Chuva, frio e animais de estimação não são uma boa combinação. Os dias chuvosos causam reações diversas em cães. Enquanto alguns se molham e brincam, outros temem os trovões. Mas independentemente do comportamento do cachorro, durante períodos chuvosos é preciso redobrar os cuidados com os pets.

Levando em consideração os vários problemas desencadeados por esse fenômeno da natureza, é preciso que o responsável pelo peludinho tome algumas medidas para evitar maiores preocupações com a saúde do cãozinho. De acordo com o médico veterinário e professor do curso de Medicina Veterinária da Uniderp, Marcelo Monteiro, o fator de risco das chuvas não é a água em si, mas a exposição a microrganismos e bactérias.

“As principais patologias que afetam os cães que possuem muita exposição à chuva ou a locais úmidos e sem contato de luz solar são as dermatites que podem ser causadas por diversos agentes como fungos ou bactérias, mas também podem ocorrer patologias mais graves como uma pneumonia ou problemas respiratórios”, explica o especialista.

Segundo o médico veterinário, com medidas simples é possível que o tutor proteja seu amigo de quatro patas. “Cães devem possuir um abrigo para que não fiquem permanentemente na chuva ou respingos da mesma. Estes abrigos podem ser casinhas de madeira, plástico ou qualquer outro material durável porém não tóxico como tambores que foram utilizados anteriormente com produtos químicos ou com partes que possam vir a lesionar os animais, como abrigos de ferro com bordas cortantes”, aconselha Marcelo.

Dependendo da rotina do tutor e do cão, os passeios são indispensáveis, principalmente para cachorros que fazem suas necessidades fora de casa, mas em dias chuvosos o ideal é evitar sair de casa. “Raios e trovões podem assustar seu animal e causar um acidente mais grave. Porém caso esteja passeando e comece a chover procure logo um abrigo. Roupas de chuva, botas e apetrechos do tipo não costumam ser muito confortáveis para seu cão”, orienta.

Para os cães, água é água e não é raro eles quererem matar a sede nas poças que encontram pelo caminho. Porém, ingerir água empoçada expõe os cães a diversos riscos, por exemplo, ele pode contrair bactérias e parasitas. “Matar a sede com água parada da chuva pode ser muito prejudicial. Diferentes tipos de parasitas, bactérias e vírus podem estar alojados ali. Um exemplo disso é que animais infectados com uma patologia transmissível podem defecar ou urinar em uma calçada a qual foi lavada com água da chuva e pode carrear esses patógenos”, revela o veterinário. Sendo assim, é muito importante que os tutores levem uma garrafa de água durante os passeios para hidratar o animal.

Com as altas temperaturas do verão, a ideia de dar banhos semanais nos cães parece fazer sentido. Por outro lado, banhos em excesso, somados a uma secagem inadequada são prejudiciais a saúde do pet. “Banhos em excesso em qualquer período fazem mal. Cães possuem uma oleosidade natural nos pelos que serve tanto para impedir o acúmulo de água nos pelos como barreira de proteção. Banhos devem ser dados com uma frequência máxima de uma vez por semana”, diz

Fique de olho na pele dos pets e redobre a atenção com dermatites. “As dermatites costumam se alastrar muito rápido. O correto a fazer é que a qualquer sinal de coceira intensa, ou vermelhidão no pelo do animal o mesmo seja levado a um veterinário para averiguação e jamais automedique os animais”, finaliza.

(Texto: Bruna Marques)

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