Guardiões da Vida na luta contra a fome nas favelas

Guardiões da Vida é um projeto que sensibiliza as pessoas para a prática de se doar ao próximo em razão de um bem maior. Uma história escrita por mãos voluntárias, que teve início em março deste ano, com a finalidade de ajudar famílias carentes neste momento de pandemia.

Focado em soluções concretas e imediatas de execução simples de alto impacto social, o administrador e cofundador do projeto, Marcos Silva, está envolvido em causas solidarias há 15 anos. Para ele ajudar o próximo se tornou compromisso e salvar vidas é uma missão.

“Nós unimos esforços de pessoas do bem que estão comprometidas com a missão de salvar vidas, que é o que nos une aqui. A intervenção tem que ser agora, as pessoas estão com fome, estão precisando de ajuda, de coberto, de moradia e estão precisando agora. É muito claro para mim o que eu vim fazer nesse planeta, meu legado é ser um instrumento para transformar vidas, seja para potencializar o empreendedor, seja para resgatar alguém que precisa de um alimento. Talvez eu nunca mais vou ver aquela pessoa, mas eu deixei a minha marca, então para mim é uma missão de vida fazer o que eu estou fazendo. Eu escolhi fazer isso por vocação, a causa me faz fazer isso que eu estou fazendo. O ato de doar é a minha melhor satisfação”, declara o voluntário.

A rede do bem só cresce e a alegria de quem luta por uma mesma causa é ver nos olhos das pessoas a gratidão ao ganhar uma cesta básica, ou um cobertor para se proteger dos dias frios. Quem conhece bem a realidade dessas famílias é o engenheiro e voluntário do Guardiões da Vida Higor Nagles, cujo anseio em ajudar quem precisa existe há sete anos e, de acordo com ele, é um sentimento que nasceu espontaneamente em seu coração.

“Essa vontade de ajudar nasceu naturalmente em mim, eu comecei a enxergar uma realidade diferente da que eu estava acostumado, eu vi que tem pessoas que realmente precisam de um amparo, um socorro e foi ai que despertou esse desejo em mim. Desde jovem eu comecei a me envolver nessas ações, no começo me reunia com alguns amigos fazendo campanha de natal, depois campanha de dia das crianças, páscoa, dia das mães e assim foi indo. A partir dai eu cheguei nesse projeto agora, que eu conheci através do Marcos, meu amigo e entramos de cabeça”, relembra.

Parceria que deu certo

A CUFA (Central Única das Favelas) é uma organização brasileira reconhecida nacional e internacionalmente nos âmbitos político, social, esportivo e cultural que existe há 20 anos. Foi criada a partir da união entre jovens de várias favelas, principalmente negros, que buscavam espaços para expressarem suas atitudes e vontade de viver.

Aqui em Campo Grande o projeto existe há um ano e está apoiando o grupo Guardiões da Vida, dando suporte para que eles possam entrar nas comunidades e auxiliam também nas arrecadações. A CUFA tem como coordenadora estadual a artista e professora de artes Lívia Lopes. De acordo com ela, o objetivo é elevar as pessoas que moram nas favelas e na periferia, além de levar capacitação para a população desfavorecida.

“O guardiões nos procurou porque eles também tem esse desejo de ajudar o próximo e como nós estamos precisando muito, nós percebemos que com essa parceria, essa aliança nós podemos conseguir ampliar essa rede de ajuda. Essa união veio para fortalecer”, explica a coordenadora.

O artesão e rapper Rodrigo Castejon se tornou voluntário na CUFA há um mês, trazendo em sua bagagem uma história de luta e superação, e sentiu em seu coração que era hora de fazer o bem sem olhar a quem.

“Eu sempre fui meio preocupado com as questões humanitárias e eu recebi o convite para ajudar entregar umas cestas e naquele dia eu vi situações que me tocaram muito. Nesse mesmo dia eu voltei para minha casa decidido a participar do projeto. Eu tenho filho, eu vejo o sorriso do meu filho e imagino o mesmo sorriso para os filhos daquelas pessoas. A CUFA está me ensinando que nós precisamos ir onde o braço do governo não alcança”, conta o artista.

Para o cofundador do Guardiões da Vida, concentrar esforços em uma mesma missão faz com que os resultados apareçam mais rápido e com isso mais famílias sejam beneficiadas.

“A nossa ideia é que cada vez mais projetos e iniciativas como essas venham se agrupar. Para mim, o trabalho de rede é fundamental. Isso exige de nós muita força, foco e trabalho em rede. Eu sempre penso em nós, não somente em mim, o trabalho quando é bem-feito e unificado com outras organizações que tem a mesma visão ele surte efeito mais rápido e permanente”, é o que acredita Marcos.

Serviço: Para quem tem o coração solidário e o desejo de ajudar a salvar vidas, e quer se tornar um voluntário do Guardiões da Vida e da CUFA, entre em contato com os números (67) 99699-6440 e (67) 9920-85043, ou (67) 9924-92634, respectivamente.

(Texto: Bruna Marques)

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