Dólar vai a R$ 5,40 e registra novo recorde histórico

O dólar bateu novos recordes históricos nesta quarta-feira (22) -pós feriado-, ultrapassando R$ 5,41 na máxima da sessão. O dia para a moeda norte-americana foi marcado, em parte, por um ajuste ao movimento do câmbio global na véspera, mas sobretudo pela escalada das apostas de corte de juros no Brasil.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse na segunda-feira que o cenário analisado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em sua última reunião — quando avaliou que tanto uma redução maior no juro quanto afrouxamentos monetários adicionais poderiam se tornar “contraproducentes” — mudou.

“O que falamos é que entendemos que as condições que tínhamos no Copom mudaram muito de lá para cá, inclusive as expectativas de inflação”, disse Campos Neto. Na ocasião da última reunião do Copom, o colegiado cortou a Selic em 0,50 ponto percentual, a 3,75%.

Nesta quarta-feira, a moeda norte-americana à vista subiu 1,71%, o que representa R$ 5,4094 na venda, um recorde nominal para encerramento de sessão.

Durante os negócios, a cotação foi a 5,4160 reais, também um patamar histórico. Na B3, o dólar futuro tinha alta de 1,71%, a 5,4125 reais, às 17h03.

Ibovespa

O Ibovespa teve um bom avanço nesta sessão, na esteira do otimismo de mercados globais com novas medidas de estímulo e a expectativa de retomada econômica em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

O Ibovespa subiu 2,17%, a 80.687,15. Pela primeira vez, desde o dia 13 de maço, o Índice conseguiu fechar acima dos 80 mil pontos. O volume financeiro da sessão somou cerca de R$ 22,5 bilhões.

A forte alta dos contratos futuros de petróleo foi o destaque, após o colapso histórico na véspera. O petróleo Brent avançou 5,38%, após ter recuado ao menor nível desde 1999, impulsionado por cortes voluntários e forçados de produção, como forma de combater o excesso de oferta causado pelo coronavírus. O petróleo dos EUA saltou mais de 19%.

(Texto: Izabela Cavalcanti com informações da Reuters)

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