Tampas de plástico e lacres viram recurso para castração

Projeto ‘MS Tampinhas’ conta com ajuda de voluntários e possui três pontos de coleta na Capital

O que você faz com as tampinhas plásticas de garrafas e com os lacres das latinhas depois de usar? Onde você descarta? Sabia que elas podem ajudar os animais? Elas são coloridas e duram muito tempo, são décadas ou séculos até se decompor. Normalmente vão para o lixo, mas aqui em Campo Grande valem muito. Para manter a saúde dos pets em dia, uma das principais orientações dos especialistas é a castração, pensando nisso a empresária Juliana Salvador, criou o projeto ‘MS Tampinhas’.

O projeto começou a funcionar em março de 2019 e conta com a mobilização de voluntários que lutam pela causa animal. “Tudo aqui é executado por voluntários, nós recolhemos e vendemos materiais recicláveis principalmente tampinhas, com o objetivo de castrar animais resgatados, animais de famílias sem condições financeiras e animais que vivem nas ruas e que não tem suporte”, conta a idealizador Juliana.

De acordo Juliana, os materiais são arrecadados nos três pontos de coleta que estão espalhados em Campo Grande. “O projeto conta com três centros de reciclagem, um na região da Mata do Jacinto, um próximo a Casa da Mulher Brasileira e um no Tiradentes. Nós analisamos esse material porque as vezes vem misturado e depois levamos pra venda nos centros de reciclagem”, explica a administradora.

A iniciativa não só protege os animais, como também é uma questão de saúde pública e sustentabilidade. Tampas plásticas que iriam para o lixo e virariam mais um resíduo em aterros sanitários têm um rumo diferente: a reciclagem. Então, o projeto é uma reação positiva em cadeia. A população animal é beneficiada, a sociedade e o meio ambiente.

Todas as tampinhas arrecadadas são vendidas para cooperativas e revertidas em castração da população de cães e gatos da capital sul mato-grossense. As tampas que podem ser arrecadadas são as de água refrigerante, produtos de limpeza, requeijão, leite em pó, shampoos, tampas de ferro, como por exemplo, cerveja e conservas, lacres de alumínio e até frascos de desodorante aerossol.

“É importante que os materiais venham separados por tipo, pois cada material tem o seu valor. A tampinhas são recolhidas e armazenadas para depois, quando alcançarmos um número significativo, mandamos para venda nas cooperativas. Quando o material vem misturado, nós levamos muito tempo pra separar e as vezes deixamos de vender aquele material por vários meses”, revela.

Os animais castrados são encaminhados pelos colaboradores do projeto para adoção responsável. “É importante dizer que a castração acontece por veterinárias parceiras, que acreditam que a castração seja a solução para diminuir a quantidade de animais nas ruas” finaliza.

A castração põe fim ao ciclo do abandono e evita as consequências como maus-tratos e problemas de saúde.
Locais de venda

• Bairro Tiradentes: rua Getúlio Costa Lima, número 33
• Conjunto Residencial Mata do Jacinto: rua Alberto Araújo de Arruda, número 1424
• Buracão: rua Ulisses Serra, número 298, próximo a Casa da Mulher Brasileira

SERVIÇO: Para mais informações entre em contato com o projeto ‘MS Tampinhas’ pelo instagram @mstampinhas.

(Texto: Bruna Marques)

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