Ministério da Saúde: sem isolamento social, Brasil pode entrar em lockdown

Questionado sobre a possibilidade do Brasil entrar em lockdown, ou seja, bloqueio total de movimentação utilizando as forças policiais, o secretário do ministério da Saúde, Wanderson Oliveira afirmou na última semana que ainda não é hora de adotar essa medida mais radical, porém, para que o Brasil não precise adotar tal medida, é necessário que a população respeite o isolamento horizontal.

“Esperamos que não tenhamos que tomar essa medida em nenhum lugar do Brasil. Por isso pedimos que as pessoas sigam no isolamento social, em especial em Manaus, Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo”, que são os estados mais afetados pelo covid-19.

A decisão de adotar ou não o lockdown cabe ao gestor local, porém, o secretário alerta que não adiantará fazer isso caso a pandemia de covid-19 esteja perto do pico, pois quando isso acontece, não é mais possível freá-la. “O crescimento exponencial, chega um ponto que ela [a curva de infectados] vai duplicar. Então essa curva sobe muito rápido, e nem o lockdown vai dar conta de reduzi-la”, alerta.

Para Wanderson, o momento ainda não é de pensar em lockdown, mas sim de proteção. “O momento é de lavar as mãos, cobrir o rosto ao espirrar, usar a máscara. Ou seja, as medidas de isolamento social é a única e mais eficaz maneira de impedir o avanço da pandemia”, alertou.

Segundo o secretário, caso a população siga desrespeitando o isolamento, irá haver uma aceleração da pandemia. “Deveria haver um isolamento de pelo menos 70% da população”, afirmou Wanderson.

Epidemiologistas, infectologistas e virologistas já falam sobre a necessidade de São Paulo entrar em lockdown, ou seja, bloqueio total de movimentação. Essa estratégia drástica, é tomada quando localidades não conseguem conter a pandemia de coronavírus. As informações foram publicadas pela Folha de S. Paulo.

Mas os especialistas ainda não conseguem afirmar se a medida precisa ser tomada em todo estado ao mesmo tempo ou em apenas em algumas cidades, por falta de dados mais concretos. Segundo a reportagem, esses profissionais apoiam o endurecimento de medidas, como uso das forças policiais para evitar aglomerações.

(Texto: João Fernandes com Congresso em Foco)

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