Mandetta diz ficar no ministério: “só saio quando a turbulência passar”

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, diante da crise gerada pela fala  do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em cadeia nacional de TV, afirmou durante uma coletiva de imprensa na quarta-feira (25) que ficará no cargo.

“Eu saio daqui na hora que o presidente achar que não devo trabalhar, foi ele que me nomeou, ou numa doença, ou no momento que essa turbulência tenha passado e que eu ache que não sou mais útil”, disse.

O ministro Mandetta tentou diminuir o tom imposto pelo presidente Bolsonaro em seu pronunciamento de terça-feira (24). Além de afirmar que fica no cargo, fez um meio termo entre o que vinha defendendo, o isolamento social, e a fala de Bolsonaro.

“A quarentena é um mecanismo que a gente lança mão quando temos uma doença infecciosa, onde a transmissão é rápida, quando temos muita letalidade ou quando pode levar muitas pessoas para o sistema de saúde”, afirmou.

“A quarentena é um remédio extremamente amargo e extremamente duro e tem momento em que a gente vai precisar usar… Antes de adotar o fecha tudo, existe a possibilidade de trabalhar por bairro, existe a possibilidade de fazer uma redução em determinados aparelhos”, disse Mandetta.

Apesar dessa fala, os secretários que participaram da coletiva afirmaram que não vão pedir para que os governadores, que adotaram quarentena total nos estados, recuem e cancelem o isolamento.

Avanço do Coronavírus no Brasil

Segundo o ministério, a velocidade da expansão da doença no Brasil está entre o que vem acontecendo na Alemanha, Itália e Espanha, mas abaixo do que o ministério esperava.

O balanço divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira aponta que há no Brasil 57 mortes e 2.433 casos confirmados de covid-19. Mas o ministro alertou o país está iniciando agora um momento crítico em que o número de infectados e mortes, deverá subir vertiginosamente.

(Texto: João Fernandes com Agência Brasil)

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