BID aumenta empréstimos para enfrentar coronavírus

Hoje (26), o Banco Interamericano de Desenvolvimento, principal fonte de financiamento para o desenvolvimento da América Latina e do Caribe, anunciou que pode colocar à disposição dos países membros mutuários até 12 bilhões de dólares para enfrentar a pandemia de COVID-19.

“Além de reprogramar o calendário existente de projetos de saúde para atender à crise, o BID pode direcionar 3,2 bilhões de dólares adicionais ao programa de empréstimos inicialmente estipulado para 2020”, indicou em comunicado.

O Grupo BID disse também que os governos podem pedir para redirecionar até 1,35 bilhão de dólares de projetos que já estão em execução para ter recursos para enfrentar a crise.

BID Invest, a instituição do Grupo BID que atende o setor privado, dedicará por outro lado até 5 bilhões de dólares a necessidades derivadas da pandemia, acrescentou.

Desde o fim de janeiro, o banco tem aumentado a disponibilidade de fundos e empréstimos para os países afetados pelo novo coronavírus, relatado pela primeira vez em dezembro na China.

Quatro áreas serão beneficiadas : fortalecimento “imediato” dos sistemas de saúde pública, medidas para proteger as entradas das populações mais afetadas, apoio ao emprego e à produção – especialmente as PYMES (pequenas e médias empresas), que representam 70% do emprego na região-, e consultoria aos países para implementar políticas fiscais para aliviar impactos econômicos.

Crise histórica

“As dimensões históricas dessa crise exigem uma estratégia multissetorial que antecipa os impactos sociais e produtivos em médio e longo prazo”, afirmou o presidente do BID, Luis Alberto Moreno, destacando que essas linhas de ação refletem as prioridades dos governos da região.

Moreno disse que seu “grande medo” em relação a essa pandemia é que os países mais frágeis, entre os que mencionou a Venezuela e Haiti, não tenham um sistema de saúde capaz de conter uma explosão desse vírus.

O novo coronavírus provocou pelo menos 21.873 mortes no mundo desde que surgiu em dezembro, segundo um balanço feito pela AFP com base em fontes oficiais nesta quinta-feira às 11 horas GMT (8 horas no horário de Brasília).Desde o início da epidemia foram contabilizados mais de 481.300 casos de contágio em 182 países ou territórios. O número de casos diagnosticados positivos, no entanto, reflete apenas uma parte da quantidade total de infecções devido às políticas díspares dos diferentes países para diagnosticar os casos.

(Texto: Inez Nazira com informações da AFP)

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