A advogada Karina Kufa, tesoureira do Aliança pelo Brasil – partido que o presidente Jair Bolsonaro está criando–, publicou na sua conta do Twitter nesta segunda-feira (17) que acredita que a legenda já conseguiu o número de assinaturas suficientes para enviar ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). São necessárias 492 mil rubricas para a criação de uma nova sigla.
Kufa afirma, no entanto, que não sabe a quantidade exata já conquistada. “Quantos apoiamentos nós temos? Não conseguimos precisar porque o trabalho foi descentralizado”, escreveu. “Acredito que já temos fichas suficientes para a capacidade eleitoral do partido, mas não podemos parar com a coleta porque somente teremos certeza após o julgamento no TSE”.
De acordo com a advogada, “questões burocráticas criadas a partir de 2015” têm dificultado a coleta. Ela destaca a necessidade de testemunha, exigência do apoiador não ser filiado a nenhuma outra sigla e problemas técnicos no SAPF (Sistema de Apoiamento ao Partido em Formação), do TSE, além do preenchimento inadequado das fichas.
“A razão de seguirmos o parecer da PGE (Procuradoria-Geral do Estado) e adotar o reconhecimento de firma não é outro senão facilitar o trâmite e validar a sua ficha de apoiamento”, disse. “Conseguindo validar o sistema no TSE, o campo de testemunha se tornará dispensável e o servidor da justiça eleitoral fará o trabalho dele de forma mais rápida, já que não precisará analisar se a assinatura bate ou não com os registros da justiça eleitoral”, continua.
A tesoureira do Aliança pelo Brasil também acusa o PSL de dificultar a desfiliação de membros que querem apoiar o novo partido de Bolsonaro. Por fim, ela pede que a coleta de assinaturas não seja encerrada porque muitas fichas podem ser invalidadas pelo TSE. “Somente vamos parar quando tivermos o ok da justiça eleitoral para o mínimo de apoiamento”, concluiu.
O Aliança pelo Brasil tem até 4 de abril para concluir a coleta de assinaturas se quiser concorrer nas eleições municipais deste ano. As 492 mil assinaturas precisam ser distribuídas por pelo menos nove Estados, cada um deles com quantidade equivalente a 0,1% dos eleitores que votaram nas últimas eleições municipais.
(Texto: Poder360)