Produtos orgânicos ganham espaço na mesa dos campo-grandenses

A preocupação com a saúde e com a boa forma tem fortalecido o mercado de produtos naturais e alimentos mais leves, com pouco percentual de gordura, ou carboidratos. De olho nesse novo negócio, há quase cinco anos a empresária Jéssica Viana Spínola, de 26 anos, decidiu abrir o espaço ”Orgânicos da Jé”, onde ela oferece produtos orgânicos, ou seja, sem agrotóxicos.

De acordo com a proprietária, o interesse pelo ramo veio de casa, por influência da mãe. ”Eu trabalhava no varejo de vestuário há mais de seis anos, fiz Faculdade de Biologia e minha maior área de interesse foi botânica. Cheguei à área de produção de alimentos e me assustei com a forma de produzir. Com o despertar na faculdade e tendo uma mãe que sempre cuidou da alimentação, a vida me guiou para este caminho”, explica.

O local oferece aos clientes uma variedade de frutas, legumes, vegetais, hortaliças, temperos e ervas frescas. Não podemos esquecer das carnes, de azeites, doces e bebidas. No decorrer dos anos Jéssica já viu muita gente mudar a vida depois de se tornar adepta de uma alimentação mais saudável e sem agrotóxicos. ”Durante o tempo em que estou no mercado já vi muitos clientes que passaram por tratamento de saúde, a grande maioria com câncer, pessoas que tentaram engravidar e após um tempo conseguiram conceber de forma natural”, relembra.

Os alimentos orgânicos possuem mais minerais, vitaminas e mais compostos bioativos e, no ”Orgânicos da Jé”, a mercadoria é selecionada, o que torna o ambiente diferenciado. ”Sou presidente da Associação dos Produtores Orgânicos e Agroecológicos e a grande maioria dos produtos locais vem dos associados, mas tenho fornecedor de hortifrúti de São Paulo também. Eu acho que o nosso diferencial é o fato de termos a maior variedade de hortifrútis orgânicos da cidade, nós temos cortes de carne fresca que também são orgânicos e somos pioneiros neste trabalho”, garante.

Os alimentos orgânicos já têm benefícios à saúde reconhecidos por muitos e a cada dia ganham mais espaço na casa dos consumidores. Há três anos a dona de casa Nair Araújo, de 55 anos, aderiu a essa nova alimentação e desde então não abre mão de uma salada natural e fresquinha. ”Eu acho muito saboroso, principalmente as verduras, têm sabor de coisas que você sente que não têm produto químico, e são mais fáceis de serem lavadas, eu acho bom demais”, certifica.

Eles são um pouco mais caros, mas dona Nair garante que vale a pena. ”É mais caro, mas é compensador, porque primeiro nós temos de olhar para nossa saúde, às vezes o preço é maior mas é melhor para o nosso consumo e para o da nossa família”, crê.

(Texto: Bruna Marques)

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