Entre 15 países, Brasil é o 2º que mais cortou taxa de juros

O Brasil foi o segundo entre 15 países que mais cortou os juros básicos em um ano.  País fica atrás apenas da Turquia, que reduziu sua taxa básica de juros em 12,75 pontos percentuais no mesmo intervalo. O levantamento foi feito pelo fundador e CEO da Capital Advisors, Charlie Bilello.

De acordo com informações da Istoé, entre os países listados a mais recente decisão de política monetária foi a do BC russo, anunciada na manhã de ontem, pelo horário de Brasília. Citando incertezas que podem afetar a economia global, como o coronavírus, a instituição reduziu sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, levando-a para 6,00% ao ano. A decisão vem após cinco relaxamentos consecutivos ao longo de 2019. “Vemos espaço para novos cortes”, diz Dmitry Dolgin, economista-chefe do ING: “Enquanto isso, os dois principais fatores de incerteza, incluindo o surto de coronavírus, permanecem.”

A liderança da lista de baixas, porém, é da Turquia. Em apenas um ano, o BC local totalizou 12,75 pontos porcentuais em cortes de juros, o último em 16 de janeiro. Logo em seguida vem o Brasil, que no período de 12 meses levou sua taxa básica de juros, a Selic, de 6,50% para 4,25%, na última quarta-feira.

O Copom sinalizou o fim do ciclo de relaxamentos monetários, mesmo diante da nuvem de incertezas em relação à economia global. “Apesar da explicitação de interrupção do afrouxamento, a comunicação do BC é a de que os próximos passos continuarão dependentes dos dados. Se houver grande frustração com a atividade, mudança relevante na economia global (por exemplo, por conta do coronavírus) ou forte descompressão da inflação, o Copom poderá voltar a reduzir a Selic”, destaca o Bradesco, em nota.

Entre outras autoridades monetárias importantes do planeta, o Fed ( banco central americano) ocupa a oitava posição, com 0,75 ponto porcentual em três cortes ao longo de um ano. O mais recente encontro de dirigentes do Fed resultou em manutenção dos juros. Ontem , o Fed divulgou relatório no qual diz que os possíveis efeitos secundários gerados pelo surto de coronavírus na China representam um novo risco à perspectiva econômica.

(Texto: Jéssica Vitória com informações da Istoé)

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