A Polícia Civil de Minas Gerais informou hoje (13) que identificou um terceiro lote da cerveja pilsen Belorizontina, da marca Backer, contaminado pela mesma substância tóxica já encontrada em outros dois lotes da bebida, apontada como principal suspeita de ter causado a intoxicação de ao menos dez consumidores desde o dia 30 de dezembro. Dentre estes, um morreu, no dia 7 de janeiro, em Juiz de Fora (MG).
A Backer ainda não se pronunciou sobre as informações divulgadas hoje pela Polícia Civil. Desde o surgimento das suspeitas de que a ingestão de cervejas da marca pode ter provocado a síndrome nefroneural que já matou uma pessoa e levou outras dez a serem internadas, a empresa tem afirmado não utilizar o monoetilenoglicol em nenhuma das fases de produção. Na última sexta-feira (10), o ministério decretou a interdição preventiva da fábrica e a apreensão cautelar de 16 mil litros de cervejas.
Segundo o delegado Flávio Grossi, responsável pelo inquérito policial, embora trate-se da mesma Belorizontina, o terceiro lote contaminado foi distribuído para o Espírito Santo, onde a cerveja é comercializada com o rótulo Capixaba.
Ainda de acordo com o delegado, entre os documentos que investigadores recolheram na fábrica da Backer há notas fiscais da compra de monoetilenoglicol. Os laudos definitivos das perícias que o Instituto de Criminalística realizou nas amostras dos produtos coletados nas garrafas de cerveja encontradas nas residências das vítimas apontam a presença de dietilenoglicol e de monoetilenoglicol nos três lotes citados.
(Texto: Lyanny Yrigoyen com Agência Brasil)