O governo dos Estados Unidos convidou pelo menos 200 pessoas para uma cerimônia em 15 de janeiro para testemunhar a assinatura da Fase 1 do acordo comercial entre os Estados Unidos e China, mas as duas nações ainda não finalizaram o que, exatamente, será assinado, disseram autoridades da Casa Branca nesta sexta-feira (10).
Em 15 de dezembro, o representante comercial dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, disse que o acordo para acabar com a guerra comercial entre o maior importador e o maior exportador do mundo estava “totalmente pronto”, menos a tradução de um documento de 86 páginas para o chinês.
Autoridades da Casa Branca disseram nesta sexta-feira que a tradução ainda não foi concluída, embora o assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, tenha dito à Fox Business Network que “está praticamente completa” e a assinatura está “programada”.
As principais autoridades de Pequim e parlamentares norte-americanos dos Estados afetados pela guerra comercial de 18 meses devem participar da assinatura na Sala Leste da Casa Branca, junto ao presidente Donald Trump e ao vice-primeiro-ministro da China, Liu He, segundo várias fontes.
Para além da assinatura, o que importa é a fiscalização, disse uma autoridade. Por mais de um mês, os lados debateram a escolha do texto e das palavras à medida que finalizavam a data efetiva do acordo, disse o funcionário.
Questionado sobre a visita de Liu He a Washington em um briefing, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, reiterou que os dois lados estão em estreita comunicação sobre detalhes específicos da viagem. (João Fernandes com Reuters)