Média de gastos com a ceia de Natal será de R$ 225 em 2019

A menos de uma semana para Natal, muitos brasileiros se preparam cozinhar as tradicionais receitas na noite do dia 24 de dezembro. Mas, encarar os preços de alguns alimentos da ceia natalina nesta reta final do ano, não está fácil.

A cesta dos 15 itens mais procurados pelos consumidores durante o Natal ficou 3,19% mais cara em 2019 ante 2018, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Indústrias relevantes nesse mercado da carne, como a Sadia, Perdigão, Seara e a catarinense Aurora Alimentos reajustaram os preços dos produtos natalinos, como o peru , em até 30% em relação ao ano passado .

De acordo com a Fipe, a variação foi puxada pela alta dos preços de carnes, que devem fechar o ano com crescimento de até 20%.

O valor ficou tão salgado que o preço do lombo de porco com osso subiu 24,02% nos 12 meses até o início de dezembro. A variação é quase o dobro da observada no segundo item com maior crescimento, o macarrão espaguete (13,36%), com alta influenciada pela depreciação do real que encarece o trigo importado.

A maior alta foi o valor do pernil com osso , que registrou crescimento de 50,39%, seguido pelo filé mignon, com 46,49%, e pela picanha, com 22,88%. Pressionado pelo aumento das outras proteínas, o frango também mostrou alta de 10,82%.

Um outro alimento queridinho das mesas natalinas é o bacalhau. O valor do peixe avançou em torno de 15,73% . Segundo dados do IBRE-FGV, em 12 meses, a alta superou 10,6%, enquanto a inflação do mesmo período foi de 2,97%.

Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil, explica que o aumento dos principais itens da ceia natalina já é esperado anualmente, justamente porque a maioria dos produtos são sazonais e a procura aumenta muito no fim do ano. Mas, ela destaca que a alta do dólar teve o seu papel na alta desses produtos.

“A gente entende que o comprador pagou um valor mais alto por causa da alta do dólar, mas mesmo assim a tendência é que o comerciante não dispare tanto os preços para não perder o consumidor final”, disse Marcela.

(Texto: IG Economia)

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