Ofício da mãe é hobby da filha em atividade que as une

Transformando rotinas, ideias em projetos e hobbies em um estreitador de laços no meio familiar, incluir a criança à uma tarefa específica em conjunto pode ser a saída para relacionamentos maternos e paternos mais saudáveis. Tanto para os pequenos quanto para os adultos, os afazeres entre estudo, trabalho e atividades extracurriculares tomam às vezes um tempo que deveria ser dedicado exclusivamente à família.

Kely Lazoroto produz bolsas e não demorou para que essa atividade se tornasse um vínculo entre ela e a pequena, de nove anos, Maria Cecília Lazaroto Sucolotti. “Sempre gostei de fazer trabalhos manuais, de produzir, de expor este lado criativo, e poder fazer isso sem precisar sair de casa. Passei a ensinar minha filha, como criança, a desenvolver este lado criativo, e motor”, explica a mãe.

Na infância, todo o conceito de aspectos gerais do mundo é desenvolvido e formado a partir dos ideais e valores que são trazidos pelos próprios pais, como a dedicação ao trabalho e significado do dinheiro. “Sinto que da tranquilidade para ela, tira o foco de celulares, TV, habilita ela para novos conceitos de vida, de venda, de responsabilidade e de se sentir bem em fazer algo e lucrar com isso”.

Ver sua filha imitando os passos trilhados pela mãe, tem suas diferentes etapas durante o desenvolvimento da criança.
Começa com a relação fusional, enquanto bebês; uma admiração e imitação quando se é criança até chegar à comparação, na adolescência, tudo isso de modo natural agregando a diferenciação de sentimentos do desenvolvimento emocional.

“Minha filha é uma grande companheira, uma ajuda a outra, enquanto uma corta, a outra costura, além de render as risadas são garantidas, isso cada vez mais afunila as relações entre mãe e filha, como admiração, cumplicidade e fidelidade”, aponta a mãe.

Trazendo Maria Cecília para o trabalho, a mãe incentiva a independência e autonomia, pontos que destacam que os pequenos podem ser fortes suficiente para alcançar sua própria felicidade e sucesso, mesmo que, como ressalta Kely, nem sempre as ideias sejam de comum acordo: “claro, que as vezes tem divergências de opiniões sobre gostos, cores, tamanhos”, conta brincando a mãe.

“Ela é uma criança responsável, e a produção ajuda muito neste ponto, de ter que produzir, vender, e saber guardar o lucro, tudo é ensinamento para a construção do carácter. E que o trabalho requer isso”, comenta ainda.

Entre os conflitos comuns em um relacionamento mãe e filha, especialistas destacam:
* Que ambas conheçam a personalidade uma da outra;
* O reconhecimento dos limites que devem ser impostos;
* A abertura para superação de conflitos;
* A prática de uma atividade além do hobby;
* O respeito do espaço (físico e imaginário) uma da outra;
* Além de uma comunicação direta entre as gerações.

Kely também destaca que a costura e confecção de bolsas só se materializa após a devida dedicação à escola, sendo que (de acordo estudo de caso envolvendo crianças e adolescentes entre 8 e 16 anos), convencer de que vale a pena dedicar tempo e esforço às tarefas escolares costuma ser uma enorme fonte de tensão.

“Ela estuda em período integral, prioridade é o estudo, ela pratica 3 Tambores, onde é a atual campeã estadual Mirim e Castrado, depois vem a costura, nos fins de semana”. finaliza.

(Texto: Leo Ribeiro)

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