Bolsonaro pede humildade a Witzel para retomar diálogo

O presidente Jair Bolsonaro afirmou na tarde desta sexta-feira (22) que os atritos com o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), não devem atrapalhar a relação do governo federal com o estado, mas que Witzel deve procurá-lo. “Da minha parte nenhuma, mas tem que ter a humildade de conversar comigo.”

Um dia antes, Bolsonaro acusou Witzel de manipular as investigações do caso Marielle Franco e disse que a sua vida “virou um inferno” desde a eleição do seu ex-aliado. Ele afirmou, ainda, que o governador do Rio tem usado a Polícia Civil do estado para atingi-lo.

O presidente foi citado na apuração do caso por um porteiro do condomínio no Rio onde ele tem casa. Num depoimento dado à Polícia Civil, o funcionário havia atribuído a Bolsonaro a autorização para a entrada no condomínio Vivendas da Barra de um dos acusados no crime. Em nova oitiva, desta vez à Polícia Federal, o porteiro recuou e disse que errou ao mencionar o presidente na autorização.

Bolsonaro e Witzel têm trocado ataques desde que o ex-juiz anunciou sua intenção de se candidatar à Presidência em 2022. O governador disse que irá processá-lo pelas acusações de manipular o caso Marielle.

O presidente cumpre agenda no Rio de Janeiro nesta sexta-feira. Ele falou com a imprensa após uma palestra na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, na Urca, zona sul do Rio. Bolsonaro desceu do carro para cumprimentar apoiadores que gritavam “mito”, aglomerados nas imediações do prédio, que foi isolado por questões de segurança.

À imprensa o presidente também disse que, durante o evento com os militares, agradeceu o trabalho das Forças Armadas no “momento difícil que passamos no corrente ano”. Ele não explicou a que momento se referiu. (Folha de S. Paulo)

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