Iagro investiga possível caso de Mormo em cavalos de MS

Por meio de nota, a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do MS), informou que está analisando o caso de suspeita de Mormo em equídeos em Campo Grande. Segundo informações das autoridades, o caso teria sido registrado em um local que receberia evento de aglomeração entre os dias 04 a 06 de outubro. Contudo, a agência ressaltou que os exames comprobatórios estão sendo analisados e até que eles sejam finalizados o caso será tratado como suspeita.

Ainda de acordo com a nota, o evento que foi cancelado, ocorreu em virtude da constatação técnica de que a unidade epidemiológica suspeita envolvia também o local da prova, sendo assim, essa medida foi adotada para salvaguardar outros equídeos que participariam do certame. Ressaltamos ainda que todas as ações da IAGRO estão baseadas em legislações normatizadas pelo MAPA e que a coordenação do PNSE na IAGRO está avaliando e monitorando todas as medidas.

Em quatro anos, entre 2015 e 2018, foram notificados 247 suspeitas, destas a confirmação foi registrada em 26 propriedades e todos os focos foram saneados. Em 2019, já foram registrados pelos menos 16 notificações de suspeitas em diversos municípios, sendo que 12 estão encerradas, 04 estão aguardando o resultado do WB, nos municípios de Campo Grande e Rio Negro, e 01 foco foi confirmado no município de Aparecida do Taboado.

O que é o Mormo?

É uma doença infectocontagiosa dos equídeos (muares, asininos e equinos), causada pela bactéria Burkholderia mallei, que pode ser transmitida ao homem e eventualmente a outros animais. Os equídeos podem apresentar, dentre outros sintomas clínicos, febre, descargas nasais mucopurulentas (catarro), presença de nódulos subcutâneos e pneumonia. Conforme a Instrução Normativa/MAPA nº 50 de 24/09/13 a doença é de Notificação Obrigatória ao Serviço Veterinário Oficial e por isso, toda suspeita deve ser notificada à IAGRO para atendimento conforme a Instrução Normativa/ MAPA nº 06 de 16/01/18. Em caso, de suspeita, algumas das medidas adotadas incluem a interdição da propriedade e/ou unidade epidemiológica e realização do exame confirmatório, pela técnica de WB (Western Blotting), no laboratório oficial do MAPA. Caso o animal seja confirmado positivo, outras medidas são adotadas no foco como: eutanásia do animal, realização de testes de diagnóstico no restante do plantel e investigação de vínculos epidemiológicos.

(Texto: Michelly Perez)

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