Comissão reúne defensores dos direitos dos soropositivos

Nesta terça-feira (8), representantes de entidades de defesa dos direitos das pessoas com HIV, se reuniram na Comissão de Seguridade Social e Família, da Câmara dos Deputados, para debater políticas públicas voltadas a portadores do HIV.

Representantes de organizações pediram mais espaço em editais para a condução das ações geridas pelo departamento. Nas discussões feitas dentro da Comissão, estão as mudanças promovidas pelo decreto nº 9.795/2019 no Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, que antes era o Departamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais.

Houve ainda avaliação dos presentes na Comissão da necessidade de revisão das ações educativas sobre HIV e Aids. Alexandre Boer, da organização não governamental (ONG) Somos – Comunicação, Saúde e Sexualidade, argumentou que a prevenção não pode ficar restrita à distribuição de preservativos, e deve envolver a disseminação de orientação, inclusive em escolas. “Não é deixar a camisinha lá e achar que isso é a disponibilização. Isso é prevenção, disponibilizar o uso de camisinha?”, destaca Boer.

Números de HIV no país

O Ministério da Saúde estima que há 866 mil pessoas que vivam com o HIV, em todo o país. O último levantamento, divulgado no final de 2018, revelou que em 2017, 73% (30.659) dos novos casos de HIV foram registrados em pessoas do sexo masculino.

A taxa nacional de detecção de casos de aids é de 18,3 casos a cada 100 mil habitantes. Em média, foram confirmados 40,9 mil casos novos nos últimos cinco anos. E o relatório aponta ainda, que a maior incidência está entre homens com idade entre 15 e 24 anos.

Este ano, o Ministério da Saúde dispõe de um orçamento de R$ 2,2 bilhões para a área, superando o de 2018, que foi de R$ 1,7 bilhão. Para 2020, estima-se que a verba seja de R$ 2,6 bilhões.

(Texto: Julisandy Ferreira com informações da Agência Brasil)

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