Doença de Parkinson pode ser amenizada com terapia

Um grupo de cientistas se reuniu para criar um protocolo capaz de amenizar os tremores, as dores e a rigidez dos músculos de pacientes com Parkinson testado em São Carlos um Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CEPOF) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) apoiado pela FAPESP e sediado no IFSC-USP –, do Centro Universitário Central Paulista (Unicep) e da Universidade Martin-Luther-Halle (Saale), na Alemanha. O grupo está em busca de voluntários portadores da doença interessados em participar da pesquisa.

A metodologia envolve a aplicação simultânea de laser e de pressão negativa (sucção dos músculos), usando um equipamento originalmente desenvolvido para procedimentos estéticos. Resultados preliminares foram divulgados no Journal of Alzheimer’s Disease & Parkinsonism.

“Estou muito surpreso com os resultados preliminares. Todos os 10 pacientes submetidos ao procedimento tiveram melhora significativa nas dores, bem como diminuição da rigidez muscular e dos tremores”, disse Vanderlei Bagnato, coordenador do CEPOF.

“Embora as células cerebrais que comandam a parte motora continuem a fazer estragos, com a progressiva perda de comando – algo inevitável na doença de Parkinson –, estamos conseguindo proporcionar um certo bem-estar a esses pacientes, permitindo que executem as atividades cotidianas graças a um processo de vascularização e estimulação muscular proporcionado pelo equipamento, na adequada combinação da mecânica de sucção e do bioestímulo do laser”, explicou Bagnato.

O pesquisador afirmou, contudo, que o protocolo não substitui a medicação regular.

Pacientes com Parkinson interessados em participar do estudo podem se cadastrar na Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF) do IFSC-USP, que funciona na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, por meio do telefone (16) 3509-1351. (RB com Agência FAPESP)

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