Comissão defende educação para combater agressão

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Com a primeira Casa da Mulher Brasileira implantada no país e um mês dedicado exclusivamente para tratar sobre a violência de gênero, o “Agosto Lilás”, a deputada e presidente da Comissão Externa de Combate à Violência Doméstica e ao Feminicídio, Flávia Arruda (PL), esteve ontem (12) na Capital, para buscar exemplos de medidas utilizadas no Estado a fim de implantar em outras regiões. Apesar das ações, Mato Grosso do Sul tem altos números de violência contra as mulheres.

Segundo a subsecretaria estadual de Igualdade Racial e da Cidadania, foram identificados na Casa da Mulher Brasileira 82 mil atendimentos às vítimas de violência doméstica e aos seus familiares, no primeiro semestre deste ano. Houve ainda 24.646 casos de violência contra a mulher, o que corresponde a 1 caso sendo registrado a cada 12 minutos, 5 em 1 hora e 115 por dia.

Durante a reunião com Flávia Arruda, a deputada federal Rose Modesto (PSDB) e a subsecretária da pasta, Luciana Azambuja, foram discutidas medidas de educação. Segundo Arruda, apesar do aumento nos registros, existem muitos outros que ainda não foram registrados.

“Nos últimos anos, esses dados têm sido alarmantes, e nós temos falado que se tornou praticamente uma epidemia no país, e várias coisas corroboram para isso. O número de denúncias aumentou, mas o número de vítimas é maior do que nós sabemos, porque ainda existe a subnotificação: muitas mulheres ainda não têm coragem de denunciar, e isso acontece por várias razões – porque são ameaçadas, pela preocupação com os filhos ou porque não têm como se sustentar”, apontou.

Uma das medidas frequentemente mencionadas está ligada à educação e à necessidade de planos que ensinem a crianças e jovens a igualdade, já descrita na Constituição, para que seja possível buscar a redução nos casos de violência contra a mulher. “Quando a cultura machista não mais impere na sociedade, onde as crianças aprendam, desde a sua infância, o valor e a igualdade de gênero, quando se fala nisso, não quer dizer que a mulher quer ser melhor que ninguém, nós queremos equidade”, destacou Arruda. O mesmo caminho foi destacado por Rose. “Mato Grosso do Sul está dentro dos estados mais violentos contra a mulher, é necessário focar na educação. Todos nós, família, mães, precisamos educar os filhos para saber respeitar a irmã, a vizinha, as coleguinhas de sala de aula”, disse, lembrando que os meninos educados desde cedo respeitarão as mulheres.

(Amanda Amorim)

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