Sem novas doses, estoque de vacina da Capital termina nesta semana

Em Campo Grande, a vacinação contra a COVID-19 está parada desde o dia 14 de fevereiro, por falta de repasses do Ministério da Saúde. Desde então, estão sendo imunizados com a segunda dose somente os profissionais de saúde que atuam nos hospitais. Segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), a Capital está com pouco mais de 3 mil frascos do imunobiológico, que devem durar até o fim desta semana, encerrando de vez a imunização.

Mesmo sem data certa, a expectativa do secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, é de que um novo lote de vacinas chegue até sábado (27) para que possa “evoluir com a vacinação”. As novas doses serão destinadas para quem já recebeu o imunizante e ainda não há previsão para vacinar um novo grupo de pessoas. “Por conta da quantidade da vacina, nós estávamos esperando uma quantidade e parece que vem um terço só”, explicou.

O secretário não soube precisar ao certo a quantidade de vacinas que deve vir para Campo Grande, mas afirmou que ainda restam 8 mil idosos com idade acima dos 80 anos para receberem a segunda dose. “Precisa de, pelo menos, 20 mil doses para fazer a segunda dose desses idosos e evoluir a vacinação de pessoas de 80 a 75 anos. Fora isso, ainda têm os profissionais de saúde”, pontuou.

Entrega de vacinas

Ontem (23), o Instituto Butantan começou o envio de 3,9 milhões de doses da vacina CoronaVac ao PNI (Plano Nacional de Imunização) do Ministério da Saúde. O primeiro lote enviado foi com 1,2 milhão de doses e hoje (24) serão entregues mais de 900 mil frascos da vacina.

A previsão é de que até domingo (28) sejam liberados mais três lotes de 600 mil doses que devem ser enviados nos dias 25, 26 e 28 de fevereiro. Até dia 5 de março, o governo de São Paulo estima entregar 5,6 milhões de doses ao PNI, 65% a mais que o volume previsto inicialmente.

Também deve ser entregue ao Ministério da Saúde a remessa de 2 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca contra a COVID-19. O lote chegou ontem (23) ao Bio-Manguinhos/Fiocruz (Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos), onde passou por uma conferência de temperatura e integridade da carga, recebeu etiquetas com informações em português, teve amostras encaminhadas para análise de protocolo e liberação pelo INCQS/Fiocruz (Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde). Após o processo, as doses foram enviadas para o Ministério da Saúde.

(Texto: Mariana Ostemberg)

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