Com doses insuficientes, 6 hospitais privados já vacinaram profissionais da linha de frente

Paralelamente à vacinação nos postos de saúde, seis hospitais particulares também estão vacinando seus profissionais de saúde que atuam na linha de frente. Algumas dessas unidades absorveram a demanda de hospitais públicos enquanto outros alertaram para a alta de casos em novembro, período em que lotaram. Médicos, enfermeiros, técnicos e outros profissionais que trabalham no setor COVID, pronto-socorro, enfermaria ou unidades de terapia intensiva estão entre os vacinados.

Além da Cassems (Caixa de Assistência ao Servidor do Estado de Mato Grosso do Sul), que em ato simbólico abriu a vacinação dos hospitais privados, ainda na quarta-feira (20), os hospitais da Unimed, El Kadri, de Câncer, do Pênfigo e o Proncor também receberam e imunizaram suas equipes. A Santa Casa, que absorveu o fluxo de pacientes do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), fez a vacinação dos profissionais na terça-feira (19).

Para a unidade hospitalar da Unimed, o município disponibilizou 200 vacinas para a primeira dosagem de imunização. Segundo o hospital, com o quantitativo foi possível vacinar parte dos profissionais que atuam na linha de frente. O diretor técnico do hospital, o médico Cezar Augusto Galhardo, afirmou que a vacina é a luz no fim do túnel para poder mudar o cenário da doença. No entanto, ele destacou que, mesmo após a vacinação, é preciso dar continuidade às medidas de segurança.

“A imunização só acontece depois de 15 dias da segunda dose e, mesmo assim, precisa manter as medidas de distanciamento, uso de máscara e álcool em gel para que a gente possa vencer com segurança esse adversário tão duro que é o coronavírus”, ressaltou.

Para o Hospital de Câncer de Campo Grande foram disponibilizadas 100 doses do imunizante CoronaVac. Por nota, eles informaram que as doses foram aplicadas em médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem que atuam na assistência direta do hospital, mas, para imunizar todos desse setor, são necessárias mais 150, tendo em vista que são 250 profissionais.

O médico Gustavo Ianaze foi o primeiro a receber a dose da vacina no Hospital de Câncer. Ele atua há oito anos na instituição. Segundo Gustavo, a imunização contra o coronavírus significa a “esperança de dias melhores para todos”.

O Hospital do Pênfigo recebeu 200 doses e também priorizou os trabalhadores da linha de frente no combate ao coronavírus. Médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e equipe de higienização que atuavam no setor COVID foram imunizados na quarta-feira. Conforme a instituição, 678 profissionais, entre colaboradores e terceirizados, se cadastraram no site da prefeitura (www.vacina. campogrande.ms.gov.br) para vacinação.

Entretanto, a instituição não consegue dizer ao certo quantas doses são necessárias para imunização de todos, tendo em vista que muitos trabalham em dois locais e podem receber a vacina pelo outro emprego.

A unidade hospitalar El Kadri imunizou com 200 doses os profissionais que atuam no combate ao vírus na enfermaria, pronto-socorro, centro cirúrgico e nas unidades de terapia intensiva.

O Hospital Proncor também imunizou 200 profissionais, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem do setor COVID e do pronto-socorro COVID. Todos os colaboradores receberam a primeira dose da vacina na quarta-feira. Conforme o Proncor são necessárias, aproximadamente, 500 doses da vacina para imunização de todos os trabalhadores da unidade.

Segundo a diretora técnica e médica Joanna Beatriz Curado Elias, a palavra “esperança” define a chegada da vacina ao hospital. “E agora com a vacina eu acredito firmemente que nós já podemos pensar em deixar tudo isso para trás”, declarou.

A equipe do jornal O Estado procurou o Hospital do Coração, que segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) também recebeu doses da vacina, mas até o fechamento desta edição não houve resposta.

Os hospitais privados, assim como as unidades de saúde, receberam apenas o quantitativo para aplicação da primeira dose. Apenas quando der o prazo para vacinação da segunda dose, 14 dias, que a secretaria vai encaminhar o restante das vacinas.

Texto: Rafaela Alves

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