Sem hidrovia, importação de soja do Paraguai forma fila de caminhões

A Alfandega da Receita Federal de Mundo Novo está enfrentando, há mais de uma semana, alguns problemas para processar os caminhões carregados de soja vindos do Paraguai para o Brasil. Com isso, a fila já chega a seis quilômetros e ultrapassa 100 caminhões paralisados.

O delegado da Alfandega, Thiago André Hering, relatou que na semana passada a balsa que liga Santo Del Guairá, no Paraguai, a Guaíra, no Paraná, parou de passar. “Então, Mundo Novo teve de processar o movimento das duas unidades. Temos a expectativa de diminuir sensivelmente até semana que vem. A fiscalização está trabalhando em um ritmo bem mais acelerado e estamos medindo esforços para processar todos os veículos”, enfatiza.

O secretário de Estado de Produção e Meio Ambiente (Semagro), Jaime Verruck, explica que o baixo nível do rio ajudou a acumular esta demanda e que, além disso, a Receita Federal da cidade está pedindo para aumentar o horário e colocar mais gente para trabalhar. “Nós estamos no pico do número de caminhões vindo com soja do Paraguai para o Brasil em função dos preços e da demanda. Essa fila se formou em função da impossibilidade de trazer isso por barcaça, pois o rio está baixo. Tem caminhão com cinco, seis dias parado”, relata.

Ainda de acordo com Verruck, as empresas transportadoras estão entrando em contato, preocupadas com a estada dos motoristas. Ele disse que já entrou em contato com a Receita Federal, em Brasília, para pedir reforço e contatou a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, Tereza Cristina.

(Texto: Izabela Cavalcanti)

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