Exportações de MS somam US$ 5,4 bilhões de janeiro a novembro

Mato Grosso do Sul exportou 4,7 milhões de toneladas de soja, entre janeiro e novembro de 2020, o montante é 45% maior que o mesmo período do ano passado e monstra o mercado externo aquecido para o grão brasileiro.

As informações são da Carta de Conjuntura do Setor Externo, divulgada pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro).

A soja é o principal produto da balança comercial de Mato Grosso do Sul, sendo responsável por 29,5% de tudo o que é exportado. O grão teve participação considerável para que o Estado atingisse a marca de US$ 5,4 bilhões exportados em onze meses de 2020, com superávit de US$ 3,7 bilhões.

“A desvalorização da moeda brasileira tem pesado na remuneração dos produtores e na competitividade dos itens. E em relação a soja, estamos aumentando a capacidade de processamento da soja internamente, o que também tem afetado nos preços elevados do grão. A tendência de alta na demanda se confirma, com quase metade da safra a ser colhida já comercializada”, explicou o secretário Jaime Verruck, titular da Semagro.

A celulose segue sendo o segundo item mais exportado do Estado, que lidera no país o envio do produto ao exterior. Mas os destaques de 2020 ficam com os óleos e gorduras vegetais e animais, que tiveram as exportações aumentadas em 139% em relação ao ano passado. Também com resultado positivo está o açúcar, que de 197 mil toneladas exportadas em 2019 chegou a 995 mil em 2020, aumento de 366%.

Os portos de Santos e Paranaguá concentram as exportações de Mato Grosso do Sul, logística prejudicada pelo baixo calado do rio Paraguai. A seca histórica em 2020 suspendeu as exportações via Porto Murtinho e Corumbá, pressionando ainda mais o setor rodoviário.

Os números da balança comercial de janeiro a novembro mostram ainda que o Estado é dependente da demanda da China. Em 2020 o país foi responsável, até novembro, pela compra de 45% das exportações estaduais, com crescimento de 23% no consumo em relação ao ano passado. Os Estado Unidos aparecem em segundo, com 4,17% de total exportado.

(Com informações da Semagro)

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