Eleição foi rápida, segura e sem fake news, diz presidente do TSE

A viabilidade de eleições rápidas, seguras e com o mínimo possível de disseminação da covid-19 entre os eleitores foram os principais objetivos da Justiça Eleitoral em 2020, e eles foram alcançados, afirmou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso.

Em entrevista coletiva na noite de domingo (29), após a totalização de 99,99% das seções eleitorais, Barroso considerou o processo bem-sucedido e disse acreditar haver bons resultados para celebrar.

”Nosso primeiro e grande objetivo, que era conciliar o rito vital da democracia, as eleições, com a proteção da saúde pública, nós verdadeiramente consideramos realizado” disse.

O outro objetivo do tribunal, segundo Barroso, foi enfrentar as campanhas de desinformação e notícias fraudulentas. Para isso, foram feitas parcerias com as mídias sociais, para enfrentar os comportamentos coordenados e inautênticos na rede.

”Fizemos um enfrentamento sem controle de conteúdo, como regra geral, mas com controle de comportamento, e derrubamos uma imensa quantidade de contas fraudulentas nas diferentes mídias sociais” disse.

Barroso destacou a parceria com WhatsApp, Google, Facebook, Twitter, Tik Tok e Instagram. Também houve acordos com as agências checadoras de notícias, além da atuação da comunicação do próprio TSE, que, com o selo “Fato ou Boato”, esclareceu dúvidas e refutou notícias fraudulentas ou distorcidas que circularam na internet. A página Fato ou Boato, numa parceria com as operadoras de telefonia, teve garantido o acesso gratuito, sem dedução do pacote de dados dos usuários.

Problemas

Luís Roberto Barroso detalhou os dois principais problemas enfrentados pelo tribunal no primeiro turno, que mesmo assim não teve impacto sobre as eleições: a lentidão do aplicativo e-Título, que atrapalhou o processo de justificativa de milhares de pessoas; e o atraso de 2 horas e 50 minutos na divulgação dos resultados, quando houve a suspeita de que pudesse ter ocorrido por um ataque hacker.

Segundo Barroso, de fato houve um ataque, mas ele foi contido e a Polícia Federal já encontrou o autor. Ocorreu ainda o vazamento de dados de servidores do tribunal, o que está em investigação.

O atraso na divulgação dos resultados se deu por uma falha operacional da inteligência artificial. Perdeu-se tempo tentando consertar um dos processadores do TSE quando o problema, na realidade, estava em outro local, justificou.

”Não teve nenhuma relação com ataques hackers ou qualquer tipo de comportamento ilícito. Foi um problema técnico-operacional, interno, consertado em tempo brevíssimo que permitiu que se divulgassem os resultados ainda no mesmo dia. O atraso não repercutiu sobre o resultado nem muito menos sobre a fidedignidade das eleições” pontuou Barroso.

Fraude

O ministro negou que haja qualquer suspeita de fraude no processo eleitoral, porque as urnas não ficam conectadas em rede, são carregadas individualmente com programas conferidos por todos os partidos do país e representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Ministério Público e de outras entidades que verificam a autenticidade.

(Com informações: Agência Senado)

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