Entrevista da semana é com prefeito eleito de Dourados

O Estado: A sua eleição em Dourados é vista como uma vitória de Davi sobre Golias. O que fica marcado nesta campanha?

Guedes: Ficou marcado que o que decide a eleição é o sentimento das pessoas. Não é estrutura política. Não é estrutura financeira e não é gente de fora definindo o caminho. O douradense tem uma característica diferente das outras cidades e ele não gosta muito de ser direcionado sobre o que tem de fazer. Isso já ocorreu várias vezes em Dourados, e tem um dado relevante: é a segunda vez consecutiva que um prefeito eleito sai da Câmara de Vereadores. Ou seja, o eleitor se identifica com aquele político que está mais próximo, que acompanha o seu dia a dia e sente a mesma dor. Então, atribuo a vitória a esse sentimento de mudança, mas principalmente pelo fato de o douradense entender que não é o grande direcionamento que decide a eleição.

O Estado: O governo do Estado apoiou fortemente a candidatura do deputado Barbosinha. O senhor começou as tratativas para conseguir parceria do governo durante a gestão?

Guedes: O governador em mais de uma oportunidade, na campanha e fora dela, sempre menciona o fato de que ele não governa para partidos e sim para pessoas. E eu confio muito nisso, embora o governador tenha apoiado o Barbosinha, eu acredito que nós não teremos problemas institucionais, até porque em Dourados vivem 250 mil sul- -mato-grossenses. O governador não fez essa diferenciação quando apoiou o Geraldo Resende, e a Délia Razuk venceu, ele continuou trabalhando por Dourados.

Precisamos redimensionar alguns serviços e repactuar a área da saúde, por exemplo, e conto muito com a sensibilidade do Estado para entender que o município está sendo deixado para trás neste momento. Precisamos de interlocução com o governo do Estado e vamos fazer isso, sem ressentimentos ou mágoas. Votei para o Reinaldo em 2018 nos dois turnos, fui candidato a deputado federal ao lado dele, então não tem ressentimento. Ele fez uma escolha política pelo deputado Barbosinha, ex-líder do governo, que é um bom deputado e tem meu respeito. E eu fiz a opção de buscar um caminho pelo sentimento que eu via nas ruas da cidade, e deu certo.

Confira a entrevista completa aqui, em nossa versão digital

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