Contaminação dos rios é ‘nova’ ameaça para o Pantanal

Mesmo com a chegada das chuvas que apagaram boa parte dos incêndios, o Pantanal ainda sofre com consequências que podem comprometer sua recuperação. A decoada, efeito conhecido da natureza, é a maior ameaça ao processo de reabilitação do bioma por representar riscos para os peixes nos rios. É o que o biólogo Wilkinson Lopes Lázaro, da Unemat (Universidade Estadual de Mato Grosso), vai estudar com sua equipe.

Decoada é quando a água da chuva arrasta a matéria orgânica carbonizada do solo do Pantanal para rios, lagoas e açudes. A decomposição desse material se torna um processo perigoso para o biossistema local.

O termo geralmente é associado a um fenômeno natural causado pelas cheias das correntes de água pantaneiras. É quando a decomposição realizada pelas bactérias é intensa ao ponto de consumir todo o oxigênio dissolvido na água, liberando o dióxido de carbono livre e causando a morte de peixes. Também tem consequências para comunidades ribeirinhas, pois a água fica imprópria para o consumo.

“Na água, esse material irá se decompor, e nesse processo, a oxigenação da água diminuirá muito, matando peixes por asfixia e causando danos a praticamente todas as espécies que vivem na água. Como os rios da região, incluindo o Rio Paraguai, registram secas históricas, o volume baixo de água tornará esse processo, chamado de decoada, ainda mais intenso”, explicou o professor do Centro de Estudos em Limnologia, Biodiversidade e Etnobiologia do Pantanal, da instituição de ensino do estado vizinho.

Além dele, a equipe é formada por biólogos, geógrafos, economistas, engenheiros ambientais e cientistas sociais que buscam entender o que ocorre nos rios do bioma, principalmente o Paraguai.

 

(Texto: Rafael Ribeiro)

 

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