Bombeiros de MS perdem 24 horas de folga na escala

Representante da categoria afirma que efetivo é insuficiente para demandas

Sobrecarregados e com um efetivo para todo o Estado que se assemelha ao da Guarda Civil Metropolitana de Campo Grande, bombeiros perderam um dia de folga. O combate às chamas no Pantanal e a estiagem têm deixado a corporação ainda mais defasada.

Em Mato Grosso do Sul, de acordo com a assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros, o efetivo é de 1.415 militares na ativa. Destes, 150 ainda estão no curso de formação. Ou seja, não vão para as ruas. Além das 10 unidades em Campo Grande, a corporação tem outras 25, distribuídas nos outros municípios do Estado.

Na semana passada, o comando decidiu reduzir a folga dos militares. A escala, até então, era de um dia trabalhado para três de folga, 24 por 72 horas. Mas, agora, é de um dia trabalhado para dois de folga. Militares ouvidos pela reportagem, sob condição de anonimato, relatam sobrecarga e fadiga. O receio é que militares adoeçam com mais facilidade e fiquem afastado, o que provocaria ainda mais desfalques nas escalas.

“Estamos muito sobrecarregados e durante a folga tem ainda escala extra para ajudar no combate aos incêndios. As férias de outubro também estão suspensas”, revelou um bombeiro.
De acordo com o presidente da Aspra-MS (Associação de Praças da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul), Eduardo Ferreira dos Santos, o efetivo do Corpo de Bombeiros tinha que ser pelo menos o dobro do atual para poder atender razoavelmente a população do Estado.

“Esse efetivo não é suficiente para atender a demanda de chamadas pelo telefone 193, sem falar nas queimadas que o comando tem que solicitar ajuda de outros estados e grupos”, explicou.

Sobre a redução na folga, Ferreira afirma que a principal razão é o baixo efetivo. Segundo ele, falta politica de renovação da frota. “Tem que haver política para renovar e reforçar o efetivo existente. Todo ano tem que ter concurso, até mesmo pela demora nos trâmites necessário. Mas o que eles fazem é tirar o tempo de descanso do militar com a família e dobrar a escala de serviços”, assegurou. Confira o material completo.

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