40 anos sem John Bonham, o lendário baterista do Led Zeppelin

Sempre que penso em bateristas de rock, me vêm à cabeça três nomes: Keith Moon da banda The Who, Ian Paice do Deep Purple e John Bonham do Led Zeppelin. Cresci ouvindo esses três grandes grupos da história da música mundial e meu coração aperta, sempre que me perguntam qual meu baterista preferido. Mas não tem jeito, o baterista do Led era dono do estilo mais marcante e agressivo do rock na época em que viveu, e acabou por exercer influência em muitos bateristas de hard rock e heavy metal. Ele tinha características bem peculiares, e uma delas para aumentar o impacto de seu som utilizando baquetas mais pesadas, compridas e robustas que as convencionais, que causavam uma forma de tocar característica pessoal e nunca comparada. Uma verdadeira porrada. Ele mesmo apelidava suas baquetas de “árvores”. Fazendo solos de bateria extensos que, em shows, chegavam a mais de 30 minutos, Bonham se destacou por mostrar uma nova forma de ouvir o rock.

Influenciado por jazz e swing para desenvolver sua técnica ímpar, que o possibilitou a interagir de forma intensa com todos os sons da banda e se destacar como o condutor de ritmos e levadas. Bonhan tinha uma técnica denominada Tercina, que destacava o pedal Speed King na condução das execuções. Ainda na infância demonstrou seu talento pela música. Nascido em 31 de maio de 1948, em Redditch, Worcestershire, Inglaterra, John Henry Bonham aos 5 anos já usava caixotes e latas para tirar seu som e tentar acompanhar aqueles que mais admirava, os bateristas Gene Krupa e Buddy Rich. Não frequentou escolas de música e se desenvolveu como autodidata, tendo sido presenteado aos 15 anos com uma bateria Premier, a primeira de sua vida.

Em 1964 tocou na sua primeira banda, Terry Webb and The Spiders. Depois seguiu adiante com o The Blue Star Trio e com os The Senators, que chegou a gravar o single “She’s a Mod”, canção que até fez algum sucesso. A carruagem andou e Bonham passou pela banda The Way of Life até que, finalmente, assumiu as baquetas dos Crawling King Snakes, cujo vocalista era nada mais, nada menos que Robert Plant, futuro vocalista do Led Zeppelin. Nessa época que Bonham adquiriu a reputação de ser o baterista mais barulhento da Inglaterra, sendo muitas vezes convidado a parar de tocar, em razão da sua tendência em destruir baterias. Finalmente o Led Zeppelin foi formado pelo guitarrista Jimmy Page, que chamou Robert Plant para o vocal, sendo este o responsável por indicar Bonham para compor aquela nova banda, que tinha ainda como baixista e tecladista o mestre John Paul Jones. Estava criado um dos grupos mais importantes e influentes da história do rock’n’roll.

(Confira mais na página C2 da versão digital do jornal O Estado)

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